Trabalhadores dos Correios de PG aderem à greve nacional

Categoria quer impedir a redução dos salários e de benefícios, e é contra a privatização da estatal

Trabalhadores dos Correios deflagraram, nesta quarta-feira, dia 11, uma greve nacional. Segundo a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect), a paralisação foi a forma que os funcionários da estatal encontraram para se opor à proposta do governo federal de privatizar os Correios. Além disso, eles buscam reajuste salarial com reposição da inflação do período (3,25%), mas única proposta para a categoria foi um reajuste de 0,8%. O Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná afirma que a adesão atingiu 70% no Paraná.

Em Ponta Grossa, nesse primeiro dia a adesão atingiu 20%, explica o representante do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná, José Fernando. Contudo, ele afirma que esse número deve crescer nos próximos dias. “Aqui em Ponta Grossa a nossa greve é construída dia a dia. Ela é crescente e isso é comum, porque aumenta a cada dia”, informa. O cenário, contudo, é diferente em outros municípios da região dos Campos Gerais. “Em Telêmaco Borba atingiu 100%. Em Guarapuava chegou a 80% e as unidades de Castro registraram 70% de adesão”, explica.

De modo resumido, entre os outros motivos da adesão, o representante do Sindicato listou o descaso com os trabalhadores. “Estamos tentando negociar com a empresa, porque nossa data-base é dia 1º de agosto. A empresa teve 30 dias de prazo, mas não negociou”, diz. “Queremos que a empresa garanta o acordo coletivo e não tenha nenhuma retirada de diretos”, completou.

Nota

Em nota, os Correios afirmaram que a paralisação não afeta os serviços de atendimento da estatal. A empresa já colocou em prática seu Plano de Continuidade de Negócios para minimizar os impactos à população. Segundo a nota, levantamento parcial realizado na manhã de ontem (11), 82% do efetivo dos Correios no Brasil, e 86,69% do Paraná estão trabalhando regularmente