Dinheiro
BB projeta liberar R$ 290 mi na região para a Agricultura Familiar
Principal novidade para esta safra 2016/2017 no Pronaf é a redução nos juros, que podem ser de apenas 2,5% ao ano
Fernando Rogala | 13 de agosto de 2016 - 02:32

Cerca de R$ 290 milhões. Esse é o valor que deverá ser liberado, nesta safra 2016/2017, pela Superintendência Regional de Ponta Grossa do Banco do Brasil, nos seus 42 municípios de atuação, para a agricultura familiar, através do Pronaf. O valor estimado é pouco mais de 15% superior aos cerca de R$ 250 milhões liberados na safra passada, encerrada no dia 30 de junho. A alta deverá ocorrer por dois principais motivos: tanto pela elevação nos custos de produção quanto pelas novas regras, que contemplam, inclusive, juros de 2,5% ao ano para algumas áreas de atuação.
“Para este ano, uma das boas notícias é que pega vários produtos de interesse na região com os juros de apenas 2,5% ao ano, como feijão, batata, tomate, e a própria caprinocultura, que estamos estimulando em parceria com cooperados da Castrolanda, entre outros”, destaca Everton Luis Kapfenberger, superintendente regional do Banco do Brasil. Muitos desses juros estavam na casa de 5,5% ao ano na safra anterior. Ele ressalta que esse juro de 2,5%, além do custeio, também é válido para algumas operações de investimento.
O superintendente lembra que, diferente do que ocorre com médios produtores e linhas empresariais, quando pode haver uma burocracia maior para a liberação, no caso do Pronaf a liberação é imediata, desde que a avaliação cadastral ocorra 100%. “É importante que os agricultores familiares saibam que houve redução na parte de juros e aumento na disponibilidade de valores, totalizando R$ 30 bilhões para a agricultura familiar em todo o país. Não vemos falta de recursos, e temos essas operações que podem chegar a R$ 250 mil para o mutuário”, informa Kapfenberger. Conforme ele explica, no Paraná, deverão ser liberados mais de R$ 2 bilhões para o Pronaf para esta safra – no exercício anterior, esse valor foi de R$ 1,88 bilhão.
Mais do que esses R$ 252 milhões, o BB possui um carteira total de R$ 625 milhões na região para a agricultura familiar. No país, o Banco do Brasil é o líder na concessão desse crédito agrícola, onde detém 76,72% de todo o volume aplicado, conforme dados do Banco Central. Kapfenberger atribui essa supremacia regional e nacional pela capilaridade e o histórico nas parcerias agrícolas. “Em outubro, fazemos 208 anos de Banco do Brasil, então o banco participa desde as primeiras culturas que movimentam a nossa nação. Desde a política ‘Café com Leite’ o banco é considerado o principal agente financeiro agrícola do Governo Federal. Além disso, o Banco do Brasil tem a presença em todas as regiões; em várias cidades paranaenses é o único banco no município”, ressalta.