Ratinho discute sanções à Sanepar e avalia não cobrar tarifa em PG

O atual governador do Estado do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), se manifestou, nesta quinta-feira (20), sobre o problema de abastecimento de água, em Ponta Grossa. Ele afirma que discute sanções à Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) e avalia não cobrar a tarifa de água da população ponta-grossense.

Conforme entrevista concedida à imprensa, o chefe do Poder Executivo Estadual lamentou o que vem acontecendo no Município, onde várias regiões da cidade estão sofrendo com a falta de água há pelo menos um mês. Diante desse cenário, Ratinho Junior revelou que discute com o Ministério Público do Paraná (MP/PR) possíveis sanções à empresa.

“A Sanepar vai ter que reparar todo esse dano, não havendo cortes, não havendo a cobrança. Isso está sendo construído junto do Ministério Público”, garantiu a liderança política - assista ao vídeo abaixo. Além disso, o governador pediu desculpas pelo que vem acontecendo em Ponta Grossa. “A gente sabe que é muito difícil ficar horas, dias sem água”.

PROBLEMAS - A falta de abastecimento de água vem afetando o Município há pelo menos um mês. Nos últimos dias, a situação se agravou, com várias regiões da cidade ficando sem água por até três dias. Nesta quinta-feira (20), a Sanepar garantiu que o sistema deverá ser normalizado em sua totalidade - obras em nova adutora ampliarão em 15% a capacidade de abastecimento.

Apesar desses trabalhos, ainda há pessoas relatando falta de água. Sobre isso, Ratinho Junior explicou que o abastecimento começou a voltar na última quarta-feira (19). “A água não pode voltar toda de uma vez, pois os canos não aguentam a pressão. Então, a Sanepar tem que ir soltando essa água, conforme aguenta toda essa estrutura”, comentou o governador.

Segundo a gerente-geral da Sanepar Região Sudeste, Simone Alvarenga de Campos, a baixa pressão nos canos podem continuar pelos próximos dias, até que todo o abastecimento de água fique estável em toda a rede. “Isso poderá acontecer ainda nos próximos dias em razão do processo de recuperação do sistema”, falou em comunicado oficial da empresa, nesta quinta-feira (20).

CRISE HÍDRICA - A falta de água trouxe prejuízos para boa parte de Ponta Grossa. Além do comércio, setores do turismo e da indústria relataram problemas. Ainda, escolas, hospitais e prédios públicos, como as sedes da Prefeitura Municipal de Ponta Grossa (PMPG) e da Câmara Municipal (CMPG), suspenderam suas atividades.

IMPREVISTO - Não bastasse a instabilidade do sistema com a nova adutora do Rio Pitangui, nesta quinta-feira (20), outro reparo emergencial em uma válvula afetou o abastecimento de água em várias regiões de Ponta Grossa. A prefeita Elizabeth Silveira Schmidt (União) se reuniu com representantes do MP e também avalia sanções contra a Companhia de Saneamento.