Cotidiano
Prefeitura prepara nova licitação para obras no Lago de Olarias
Trabalhos no segundo lago do Parque de Olarias foram paralisados devido a assoreamento causado pelas chuvas, o que não estava previsto no projeto inicial
Kadu Mendes | 26 de setembro de 2024 - 06:33
A paralisação das obras do segundo Lago de Olarias tem sido alvo de críticas para a atual Administração do Município de Ponta Grossa. O Lago II, que ainda não saiu do papel, faz parte do projeto que pretende ampliar o espaço de lazer e o transformar no maior parque da cidade.
Durante a sabatina realizada na última terça-feira (24), a candidata à reeleição para a Prefeitura de Ponta Grossa, Elizabeth Schmidt (União), foi questionada sobre a não entrega da obra do segundo Lago de Olarias, algo que estava previsto entre as propostas de governo apresentadas em 2020. Elizabeth destacou que, durante a realização das obras, mas especificamente quando os trabalhos se aproximaram do Lago II, aconteceu um colapso. “O projeto do Lago I não previu o que iria acontecer. O espelho d’água do Lago I é só de 50 centímetros. É muito pouco, o que aconteceu? A água foi voltando para o Lago II. Houve um assoreamento muito grande devido às chuvas também. E isso não foi levado em consideração na hora de fazer o projeto”, disse Elizabeth.
Ela afirma que não há possibilidade de se continuar com as obras do Lago II sem esvaziar o Lago I. Ao ser perguntada se a Prefeitura ainda realizará a obra, Elizabeth disse que há um novo projeto pronto para o Lago II, para solucionar o problema. Mas ela explicou que o novo projeto custa mais caro e por isso a empresa que venceu o processo licitatório para realizar o projeto inicial não irá continuar com a obra. “Nós teremos que rescindir o contrato e fazer uma nova licitação. É o que a gente está providenciando já”, revelou Elizabeth.
O secretário de Infraestrutura e Planejamento de Ponta Grossa, Luiz Henrique Honesko, disse que o que ocorreu foi que, entre o momento que o projeto para a realização da obra foi elabora e o momento em que a obra foi licitada, houve alteração na bacia hidrográfica no local. “O que aconteceu de 2019 pra cá foi um assoreamento do Lago I, o que causou uma alteração do nível de água do local, essa alteração atingiu a obra do Lago II”, disse Honesko. “Para executarmos a obra do Lago II teríamos que fazer um rebaixamento do nível de água do Lago I”, explicou. Contudo, Honesko destaca que com o processo de assoreamento começaram a morrer peixes no Lago I e por isso, a Prefeitura precisou aumentar o nível da água do lago. “Mas com a subida do nível da água do Lago I, a água voltou para trás e alagou as obras do Lago II e o que acontecia? As máquinas mexiam, mas não conseguiam produzir nada, com obra alagada não tem o que se faça. Por isso, se teve que paralisar a obra”, disse. Ele ressalta que a Administração optou por fazer um novo projeto e solicitar o desassoreamento do Lago I. “É um problema técnico e que a gente vai resolver de forma técnica e com cautela. Até o final do ano estará resolvido e relicitado”, finalizou Honesko.