Cotidiano
Governo vai definir protocolos de retorno às aulas
Comitê de Planejamento de Retorno às Aulas Pós-pandemia, que vai estabelecer um plano único de volta às aulas presenciais em todo Paraná
Da Redação | 28 de junho de 2020 - 18:31
Comitê de Planejamento de Retorno às Aulas Pós-pandemia,
que vai estabelecer um plano único de volta às aulas presenciais em todo Paraná
Grupo é formado por setores da educação pública e
particular do Estado e secretarias da Educação, Saúde, Planejamento e Casa
Civil. Objetivo é estabelecer um plano comum de retorno das atividades
presenciais e funcionar como um canal confiável de informações sobre a
retomada.
O Governo do Estado instala nesta sexta-feira (26) o
Comitê de Planejamento de Retorno às Aulas Pós-pandemia, que vai estabelecer um
plano único de volta às aulas presenciais em todo Paraná. O comitê terá a
participação de todos os setores representativos da educação no Estado, tanto
da rede pública quanto particular, e das secretarias estaduais da Educação,
Saúde, Casa Civil e Planejamento.
O anúncio foi feito pelo chefe da Casa Civil, Guto Silva,
e pelo secretário de Estado da Educação e do Esporte, Renato Feder, durante
reunião com representantes dos sindicatos das escolas particulares no Palácio
Iguaçu.
“A data de retorno é uma decisão que está muito focada na
área da saúde, que vai orientar quando as aulas presenciais poderão ser
retomadas. Já o comitê vai nos ajudar a definir como isso será feito, os
protocolos a serem adotados na alimentação e no transporte, por exemplo, que
são momentos de maior aglomeração, e os melhores modelos para as aulas”,
explicou Silva.
Em princípio, o Estado já estuda duas opções, com base em
experiências de países que já passaram pela pandemia. Uma delas com turmas
menores, para manter o distanciamento entre os estudantes, e a outra de um
retorno híbrido, mesclando aulas presenciais e não presenciais.
“O comitê vai nos ajudar a preparar um plano comum de
retorno das atividades nas escolas e também vai funcionar como um canal oficial
e confiável de informações sobre essa volta”, disse Renato Feder.
ADEQUAÇÃO – Todo o processo de retomada vai exigir
adequação das escolas. No caso das estaduais, além da adaptação ao novo
formato, também será preciso atender um número maior de alunos do que o
previsto para este ano, com impacto direto no custeio. Apenas durante o período
da pandemia, 8.523 alunos migraram do ensino particular para o público.
“Se de fato esses alunos permanecerem no ensino público
após a pandemia, vamos ter que fazer um novo redimensionamento de salas de aula,
professores, funcionários e, claro, do orçamento da educação”, acrescentou o
chefe da Casa Civil.
Guto Silva disse que a reunião desta sexta com
representantes de sindicatos de escolas particulares reflete a preocupação do
Estado também com a situação das escolas privadas, que geram milhares de
empregos, assim como com as dificuldades financeiras enfrentadas por muitas
famílias nesse período.
Entretanto, ele reforçou que a definição de data de
retorno às aulas dependerá da curva de transmissão do vírus no Estado. “As
próximas duas semanas serão bastante críticas, os números estão subindo e a
recomendação é de muito cuidado. No momento adequado o Governo anunciará a data
de volta às aulas.”