Campos Gerais
Setor industrial investe R$ 7,3 bilhões nos Campos Gerais
Empresas como Heineken, Ambev, Nissin Foods e Maltaria Campos Gerais consolidam a região como polo de desenvolvimento econômico no Paraná
Heryvelton Martins | 12 de outubro de 2024 - 02:15
A região dos Campos Gerais vive um momento de forte expansão industrial, impulsionada por investimentos que somam R$ 7,3 bilhões em novos projetos e ampliações de fábricas. Nos últimos quatro anos, grandes empresas como Heineken, Ambev, Nissin Foods e Maltaria Campos Gerais têm apostado na região, consolidando-a como um importante polo de desenvolvimento econômico no estado.
Ponta Grossa se destaca como o principal destino dos investimentos, concentrando a maioria dos recursos. A cidade atraiu a instalação de novas unidades da Maltaria Campos Gerais (R$ 3 bilhões), Nissin Foods (R$ 1 bilhão) e Queijaria Unium (R$ 460 milhões). Além disso, empresas já instaladas como Heineken (R$ 1,5 bilhão), Ambev (R$ 1,2 bilhão) e Continental (R$ 175 milhões) anunciaram investimentos para expansão de suas operações.
Outros municípios da região também receberam investimentos importantes. Carambeí se beneficia com a chegada da Ambev (R$ 1,2 bilhão) e da Leaderfer (R$ 17 milhões), enquanto Reserva comemora a instalação de uma unidade da Cooperativa Coamo (R$ 30 milhões) e Prudentópolis recebe a Cooperativa Nossa Terra (R$ 2 milhões). Essa onda de investimentos impulsiona a economia da região, gerando empregos, renda e desenvolvimento, conforme indicam os índices de desenvolvimento regional.
LIDERANÇAS - A chegada de novas indústrias aos Campos Gerais tem sido comemorada pelas lideranças da região. O presidente da Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG), Abimael do Vale, destacou a geração de emprego e o desenvolvimento econômico e social dos municípios. “A chegada dessas empresas se deu por uma série de atrativos que os Campos Gerais oferecem, entre eles a logística favorável, o grande potencial hídrico e elétrico de cada cidade, mão de obra qualificada, entre outros fatores”, afirmou.
O presidente ainda mencionou que o objetivo é fazer com que a industrialização seja cada vez mais ampliada. “Nosso intuito, por meio da AMCG, é também trabalhar para dar mais visibilidade a essas localidades, para poderem ampliar ainda mais sua malha industrial”, afirmou Abimael do Vale. Segundo ele, a Associação segue se articulando para fomentar cada vez mais a industrialização da região dos Campos Gerais. “Estamos trabalhando para atrair novas empresas e para apoiar as que já estão instaladas aqui”, disse Abimael.
LOGÍSTICA - Conforme a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), a região tem grande dependência do modal ferroviário para o escoamento de produções, uma vez que as rodovias não atendem a todas as necessidades do setor. Atualmente, apenas 12 milhões de toneladas são transportadas por trem até o Porto de Paranaguá, enquanto 51 milhões vão de caminhão. Segundo projeções, esse fluxo rodoviário deve continuar crescendo, atingindo até 80 milhões de toneladas em 2030. Porém, um estudo da Fiep indica que o modal ferroviário também tem potencial de expansão, podendo chegar a 24 milhões de toneladas nesse mesmo período.