Saiba quem é mulher que matou namorado e amiga após perseguição
Ela era estudante de medicina veterinária na Faculdade Anhembi Morumbi e trabalhava como menor aprendiz até ser presa em flagrante por duplo homicídio qualificado
Publicado: 30/12/2025, 17:34

A mulher que matou o namorado e uma amiga dele após persegui-los com um carro em alta velocidade, na madrugada do último domingo (28), na zona sul de São Paulo, foi identificada como Geovanna Proque da Silva, de 21 anos.
Ela era estudante de medicina veterinária na Faculdade Anhembi Morumbi e trabalhava como menor aprendiz até ser presa em flagrante por duplo homicídio qualificado.
Raphael Canuto Costa, também de 21 anos, e Joyce Correa da Silva, de 19, foram atingidos enquanto estavam em uma motocicleta, na Professor Leitão da Cunha, no bairro Parque Regina, na região do Campo Limpo. Os dois morreram na hora, e um homem se feriu.
Após audiência de custódia, realizada ainda no domingo, a prisão de Geovanna foi convertida em preventiva e ela foi transferida para a Penitenciária Feminina de Santana, na zona norte de São Paulo.
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CIUMENTA E OBSSESSIVA
A universitária foi descrita como ciumenta e obsessiva por diversas testemunhas ligadas às vítimas e, inclusive, pela própria madrasta, que estava no banco do passageiro no momento do crime.
O melhor amigo de Raphael descreveu Geovanna como “muito ciumenta e obsessiva”. Segundo o rapaz, a jovem já teria dito ao namorado anteriormente que, caso se separassem, o atropelaria quando ele estivesse de moto. Ela teria repetido a mesma ameaça no dia anterior ao crime.
Após atropelar Raphael e Joyce, foi para este melhor amigo que Geovanna confessou o crime. Segundo o depoimento do rapaz, a mulher foi até o restaurante onde ele trabalhava, logo após o duplo homicídio, e disse: “agora você vai lá e salva seu amigo, que eu acabei de atropelar ele e a vagabunda que estava com ele na moto [sic]”.
Outra testemunha, amiga de Raphael e Geovanna, afirmou à polícia que os ciúmes da jovem contra uma amiga de infância do namorado eram “totalmente infundados”. O relato aponta ainda que a universitária seria agressiva, pois ela teria tentado bater em duas mulheres antes do atropelamento.
Segundo uma terceira testemunha, presente no churrasco que acontecia na casa do Raphael, Geovanna enviou mensagens dizendo que, se houvesse mulheres na confraternização, “o bicho ia pegar”.
Uma captura de tela, presente no inquérito, mostra Geovanna dizendo que mataria Raphael com uma “faca de picanha”, conforme confirmou a testemunha em depoimento. Raphael respondeu com um áudio, afirmando que o ciúmes de Geovanna estava “passando do limite”.
Gabrielle Schneid de Pinho, companheira da mãe de Geovanna e portanto madrasta da universitária, afirmou à polícia acompanhou a enteada até a casa de Raphael porque foi chamada por ela, e que sentiu “preocupação”, tendo em vista o histórico psiquiátrico da jovem.
Segundo a madrasta, o relacionamento dos jovens tinha problemas “motivados por traições e ciúmes”. Ela confirmou que a enteada teria ido até o local porque “havia uma menina no churrasco”.
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DIAGNÓSTICO DE DEPRESSÃO
De acordo com o inquérito que investiga o caso, Geovanna possui Transtorno Depressivo Grave (CID-10 F32.2), e apresenta sintomas da condição desde os 15 anos de idade. Ela iniciou um tratamento recente no início de julho desde ano, quando chegou a ser internada no Hospital do Mandaqui, na zona norte da capital.
Para tratar a depressão, Geovanna faz uso contínuo de uma combinação de psicotrópicos, que inclui Clonazepam e Escitalopram, além de fazer terapia semanal.
Sintomas como humor deprimido, anedonia, fadiga, hipersonia e isolamento social teriam causado impactos no rendimento da jovem na universidade e também no trabalho, do qual havia se afastadado recentemente — a partir do fim de outubro, pelo prazo de 60 dias.
Tais sintomas também teriam levado Geovanna a tentar tirar a própria vida, como ela informou aos policiais militares no momento da prisão em flagrante. Quando foi detida, a jovem apresentava cortes verticais nos dois antebraços e um corte horizontal superficial na região do pescoço.
Ela também estava com sonolência, mas ciente do ocorrido, e admitiu o uso recente de antidepressivos. Devido aos ferimentos e sintomas, Geovanna foi encaminhada à unidade de Assistência Médica Ambulatorial (Ama) Jardim Pirajussara, onde alegou não se recordar dos fatos, afirmando que sua última lembrança era estar na casa de parentes e depois acordar no hospital.
Devido à gravidade do quadro e ao uso contínuo de medicação, a Justiça determinou, durante a audiência de custódia, que a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) realize uma avaliação médica imediata para garantir a continuidade do tratamento psiquiátrico na unidade prisional.
A defesa de Geovanna não retornou sobre o caso.
RESUMO
O crime: A estudante de medicina veterinária Geovanna Proque da Silva, de 21 anos, foi presa preventivamente por matar o namorado e uma amiga dele atropelados em São Paulo, após persegui-los em alta velocidade no último domingo (28).
Comportamento e ameaças: Testemunhas e familiares descreveram a jovem como obsessiva e agressiva, revelando que ela já havia ameaçado atropelar o namorado anteriormente e enviado mensagens afirmando que o mataria por ciúmes.
Histórico de saúde: A investigada possui diagnóstico de depressão grave e faz uso de medicamentos controlados; a Justiça determinou que ela receba avaliação médica e continuidade do tratamento psiquiátrico na unidade prisional.
Com informações: Metrópoles.




















