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Prévia da inflação sobe 0,20% em novembro e liga alerta para alimentos do agronegócio

Instituições financeiras estimam que o IPCA deve terminar o ano em 4,45%, dentro da tolerância da meta

Resultado chama atenção especialmente porque interrompe a sequência de quedas registrada no grupo de alimentos e bebidas
Resultado chama atenção especialmente porque interrompe a sequência de quedas registrada no grupo de alimentos e bebidas -

Publicado por Lucas Veloso

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prévia da inflação oficial do país voltou a subir em novembro. O IPCA-15 registrou alta de 0,20%, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), devolvendo momentaneamente o índice para o limite da meta estabelecida pelo governo, de 4,5%, mas indicando uma reversão na trajetória de alívio observada nos últimos meses.

O resultado chama atenção especialmente porque interrompe a sequência de quedas registrada no grupo de alimentos e bebidas, que vinha sendo determinante para o arrefecimento da inflação desde o início do segundo semestre.

Segundo a Agência Brasil, a retomada da pressão inflacionária ocorre em um contexto de custos elevados no campo, marcada por insumos mais caros, incertezas climáticas e uma cadeia logística que segue sofrendo com oscilações de preço. Apesar disso, a taxa é a menor para um mês de novembro desde 2019, quando tinha sido de 0,14%. 

ALIMENTAÇÃO MAIS CARA - A alta nos alimentos pesa tanto para o consumidor quanto para o produtor rural: o encarecimento observado na prévia de novembro tende a refletir, em parte, o aumento dos custos enfrentados pelo agronegócio, que tem lidado com fertilizantes mais caros, energia mais onerosa e despesas crescentes de transporte.

Nos supermercados, a recomposição dos preços chega em um momento em que muitas famílias já sentem o impacto acumulado no custo de vida. Os vilões do último levantamento foram a batata inglesa (+ 11,47%), óleo de soja (+ 4,29%) e carnes (+ 0,68%).   

Para os produtores, a inflação mais pressionada pode reduzir margens e postergar investimentos, especialmente em culturas de ciclo curto ou em propriedades que já enfrentam dificuldades decorrentes de eventos climáticos extremos.

Apesar da leitura de novembro indicar que a inflação anualizada permanece dentro da meta, os dados revelam que o comportamento dos alimentos segue sendo um ponto sensível para os próximos meses.

Nos 12 meses terminados em outubro, por exemplo, o IPCA-15 registrava 4,94%. A meta estabelecida pelo governo é de 3% ao ano.

Caso o movimento de alta se prolongue, o encarecimento da produção pode voltar a repercutir em toda a cadeia, da porteira ao varejo.

Ao mesmo tempo, analistas apontam que políticas de estímulo, ganhos de produtividade e expansão de tecnologias como bioinsumos podem ajudar a suavizar os impactos no médio prazo.

Com informações de: Agrofy News.

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