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Polêmica: matemáticos defendem que infinito não existe e é uma ilusão

Pesquisadores questionam uso de números enormes e propõem ciência baseada somente no que é possível calcular

Para eles, números como “10 elevado a 100”, não têm utilidade e atrapalham a ciência em vez de ajudá-la
Para eles, números como “10 elevado a 100”, não têm utilidade e atrapalham a ciência em vez de ajudá-la -

Publicado por Lucas Veloso

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O infinito, um dos conceitos mais famosos da matemática, está sendo colocado em xeque. Um grupo de especialistas conhecidos como ultrafinitistas acredita que a ideia de grandezas intermináveis não passa de uma ilusão. Para eles, números gigantescos, como “10 elevado a 100”, não têm utilidade prática e atrapalham a ciência em vez de ajudá-la.

Entre os principais defensores da tese está Doron Zeilberger, matemático da Universidade Rutgers, nos Estados Unidos. Ele afirma que o infinito é somente uma construção mental e não corresponde a nada que observemos no mundo real.

A discussão, que antes era vista como excêntrica, vem ganhando espaço em encontros acadêmicos. Pesquisadores apontam que abandonar o infinito poderia tornar a matemática mais concreta e confiável, já que trabalharia somente com valores que podem ser de fato medidos e compreendidos.

O debate também chegou à física. O teórico Sean Carroll, da Universidade Johns Hopkins, também nos Estados Unidos, apresentou a ideia de um universo ultrafinito: ele poderia até ser espacialmente infinito, mas teria um número limitado de estados quânticos possíveis. Nesse cenário, o cosmos mudaria ao longo do tempo, mas sempre retornaria ao estado inicial, sem violar leis fundamentais como a termodinâmica.

Para Carroll, não se trata de afirmar que vivemos nesse tipo de universo, mas de mostrar que a alternativa é possível e consistente. A proposta reforça a principal bandeira dos ultrafinitistas: repensar os fundamentos da ciência sem depender do infinito.

Além disso, o movimento abre espaço para uma reflexão filosófica: até que ponto a matemática deve se apoiar em abstrações inatingíveis? Os ultrafinitistas argumentam que insistir no infinito pode limitar descobertas, enquanto um olhar voltado apenas ao que é mensurável permitiria avanços mais sólidos e próximos da realidade.

Com informações de: Metrópoles.

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