Presidência aumenta a fortuna de Trump em US$ 3 bilhões em um ano | aRede
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Presidência aumenta a fortuna de Trump em US$ 3 bilhões em um ano

Presidente americano vive o ano mais lucrativo de sua vida, com patrimônio de mais de US$ 7 bilhões

Donald Trump, que acompanha de perto a lista Forbes 400 desde sua criação em 1982, ficou de fora em 2023, mas voltou com força total à medida que suas perspectivas políticas melhoraram.
Donald Trump, que acompanha de perto a lista Forbes 400 desde sua criação em 1982, ficou de fora em 2023, mas voltou com força total à medida que suas perspectivas políticas melhoraram. -

Publicado por Lilian Magalhães

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Em seu primeiro mandato como presidente americano, entre 2017 e 2021, Donald Trump, perdeu dinheiro. Só entre o início da pandemia, em 2020, e o final de seu mandato, no começo de 2021, foram  US$ 600 milhões (R$ 3,26 bilhões).  O jogo virou neste novo mandato, iniciado em janeiro deste ano, e agora ele vem acumulando bilhões, no que está sendo o ano mais lucrativo de sua vida. Só entre 2024 e neste ano, ele acrescentou US$ 3 bilhões (R$ 16,29 bilhões) à sua fortuna.

Com isso, o presidente dos EUA agora tem um patrimônio recorde de US$ 7,3 bilhões (R$ 39,64 bilhões), contra US$ 4,3 bilhões (R$ 23,36 bilhões) em 2024, quando ainda estava em campanha. Esse ganho fez com que ele subisse 118 posições na lista Forbes 400, alcançando o 201º lugar neste ano.

Na história dos Estados Unidos, nenhum outro presidente lucrou tanto quando estava no cargo quanto Trump. Sua principal ferramenta de enriquecimento tem sido as criptomoedas, um mercado cheio de euforia e sujeito à regulamentação. Junto com seus três filhos, ele anunciou em setembro de 2024 a criação da World Liberty Financial, uma empresa de criptoativos que inicialmente teve dificuldade para ganhar força, até o republicano vencer a eleição de 2024.

O empreendedor de criptomoedas Justin Sun, acusado de fraude pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), investiu US$ 75 milhões (R$ 407,25 milhões), dos quais cerca de US$ 40 milhões (R$ 217,20 milhões) foram destinados ao presidente eleito e milhões adicionais a integrantes de sua família. Esse aporte inicial impulsionou uma onda que só cresceu desde então. Em janeiro, poucos dias antes de reassumir a Casa Branca, Trump lançou uma memecoin, adicionando centenas de milhões de dólares à sua pilha de dinheiro.

CRIPTO - Já empossado, o presidente dos EUA reduziu a fiscalização regulatória sobre o setor e assinou leis favoráveis à indústria, garantindo benefícios pessoais mesmo em meio a conflitos de interesses. Suas memecoins, que inicialmente ficaram bloqueadas por três meses, agora são liberadas diariamente, gerando dezenas de milhões de dólares por semana. Enquanto isso, a World Liberty Financial continuou vendendo tokens, em transações feitas inclusive para compradores pouco transparentes, gerando uma receita estimada em US$ 1,4 bilhão (R$ 7,60 bilhões) até agora. Uma empresa da família Trump recebe cerca de 75% dessas vendas, ou seja, mais de US$ 1 bilhão (R$ 5,43 bilhões).

Segundo uma carta enviada em maio por um supervisor judicial da Trump Organization a um juiz de Nova York, o presidente americano estaria planejando vender parte dessa empresa. Não se sabe, porém,  se de fato a transação ocorreu e, se ocorreu, qual percentual foi vendido. A identidade do suposto comprador também segue desconhecida. Questionada, a Trump Organization não respondeu às perguntas sobre o negócio. Apesar disso, Trump atacou o repórter da Forbes que revelou o caso por meio de sua rede social, a Truth Social.

ESTRATÉGIAS - Com apoiadores investindo em ativos de alto risco, Trump usou seu dinheiro de forma conservadora. Recentemente, ele quitou uma dívida de US$ 114 milhões (R$ 619,02 milhões) ligada ao edifício 40 Wall Street, um arranha-céu problemático em Nova York. Em julho, pagou mais dois empréstimos menores, no valor estimado de US$ 15 milhões (R$ 81,45 milhões), referentes a mansões em Nova York e na Flórida.

Ele também reforçou sua posição em títulos municipais e corporativos. Hoje, seu balanço patrimonial está mais sólido do que nunca, com passivos estimados em US$ 1,1 bilhão (R$ 5,97 bilhões) e ativos de US$ 8,4 bilhões (R$ 45,61 bilhões), dos quais US$ 1,1 bilhão (R$ 5,97 bilhões) estão em liquidez.

Apesar da diversificação em ativos de alto risco, o salto na fortuna de Trump veio especialmente da sua entrada no mercado de criptomoedas, que lhe rendeu uma enorme quantidade de dinheiro. Ele ainda mantém muitos ativos digitais guardados, com potencial de valorização ao longo do mandato. Segundo a Forbes, os principais ganhos no último ano foram:

- Memecoin: US$ 710 milhões (R$ 3,85 bilhões);

- Ativos líquidos: US$ 660 milhões (R$ 3,58 bilhões);

- Negócios de licenciamento e gestão: US$ 410 milhões (R$ 2,23 bilhões);

- Vitória em batalhas judiciais: US$ 470 milhões (R$ 2,55 bilhões);

- Tokens da World Liberty Financial: US$ 340 milhões (R$ 1,85 bilhão);

- Negócios de stablecoin: US$ 240 milhões (R$ 1,30 bilhão)

CLIMA "FAVORÁVEL" - Praticamente tudo na carteira do presidente americano está indo muito bem. Em agosto, juízes de apelação de Nova York anularam uma multa de fraude de cerca de US$ 500 milhões (R$ 2,71 bilhões). O negócio de licenciamento imobiliário de Trump, que estava parado havia anos, voltou com força total, com novos contratos na Arábia Saudita, Vietnã, Romênia, Índia, Catar e Emirados Árabes Unidos. As receitas cresceram 580% em 2024, chegando a US$ 45 milhões (R$ 244,35 milhões), o que elevou o valor da operação em US$ 400 milhões (R$ 2,17 bilhões). Nos Estados Unidos, os clubes de golfe de Trump continuam lucrativos, com aumento de 30% nos ganhos em 2024, acrescentando cerca de US$ 325 milhões (R$ 1,76 bilhão) ao seu patrimônio líquido.

Com tanto dinheiro entrando, o presidente pode em breve voltar ao seu primeiro amor: construir. Ele e sua família já falam há anos sobre erguer pequenas vilas em resorts de golfe na Escócia e na Flórida. Projetos como esses exigem muita liquidez, algo que nem sempre esteve ao alcance de Trump. Agora, ao voltar à Casa Branca, e de lucrar com o poder que vem junto,  ele pode basicamente fazer o que quiser.

Com informações de: Forbes.

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