Chefe do tráfico no PR era namorada de um dos líderes do PCC

Em uma ação conjunta realizada na última sexta-feira (29), a Polícia Civil do Paraná (PCPR) e a Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) prenderam, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, uma estudante de veterinária investigada por tráfico de drogas. A mulher estava foragida desde 19 de março deste ano, quando a PCPR deflagrou uma operação que resultou na prisão de oito pessoas suspeitas de integrar uma organização criminosa envolvida com tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e porte ilegal de arma de fogo. A prisão foi confirmada pelo delegado Thiago Andrade, da PCPR – relembre clicando aqui.

Segundo informações fornecidas pelo delegado, a operação foi resultado de uma complexa investigação sobre um grupo criminoso ligado ao tráfico de drogas em Curitiba e na Região Metropolitana. Dois dos principais membros da organização davam ordens aos demais integrantes a partir de dentro do sistema penitenciário.

“A Polícia Civil do Paraná encara como uma possibilidade de avanço nas investigações a prisão dessa mulher ocorrida na última sexta-feira no estado do Rio de Janeiro. Essa mulher estava foragida da justiça. Uma investigação complexa deflagrou uma operação em março deste ano para prender criminosos envolvidos em uma organização criminosa que praticava diversos crimes como tráfico de drogas, porte ilegal de arma e lavagem de dinheiro”, afirmou o delegado Thiago Andrade.

Durante as investigações, a polícia obteve elementos que apontam a estudante como integrante da organização criminosa, sendo responsável pela parte financeira do grupo. De acordo com o delegado, ela mantinha um relacionamento com um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) no Paraná, que financiava o padrão de vida elevado ostentado por ela nas redes sociais, incluindo viagens, faculdade e academia.

“Ela fazia a parte financeira. Ela tinha um relacionamento com um dos integrantes apontados como um dos líderes do PCC no estado do Paraná. E ele, inclusive, acabava bancando essa vida luxuosa que ela ostentava nas redes sociais. Viagens, faculdades, academia, tudo isso era bancado pelo dinheiro do crime. Então, nós representamos uma prisão preventiva dessa mulher e foi expedida. Ela fugiu do Paraná e nós estávamos levantando informações sobre ela”, explicou Andrade.

A jovem Beatriz Leão Montibeller Borges, de 24 anos, apontada pela Polícia Civil do Paraná como braço financeiro de um grupo criminoso que comandava o tráfico de drogas de dentro da prisão, foi presa no Rio de Janeiro. Segundo as investigações, a estudante de medicina veterinária seria namorada do líder da organização criminosa.

"Aqui no estado, todos os locais que ela frequentava foram fiscalizados pela polícia e não encontramos. Ela foi encontrada, então, na última sexta-feira. Informações repassadas pelo Grupo Tigre do Paraná, a Delegacia de Homicídios do Rio e lá na cidade de Jacarepaguá, ela estava em um apartamento e foi cometida, foi cumprida uma nada de prisão. Agora, eu vou representar pela transferência dessa mulher para cá, para que nós possamos ouvi-la e avançar nessas investigações e que ela presente a versão dela”, afirmou o delegado.

A estudante é investigada pelos crimes de associação criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Segundo a polícia, ela era responsável por gerir parte das finanças da organização, orientando sobre possíveis aquisições e movimentações financeiras.

A PCPR aguarda agora a transferência da investigada para o Paraná, onde ela será ouvida para o prosseguimento das investigações.

Com informações: CGN, parceira do Portal aRede.