PCPR prende oito pessoas ligadas a grupo que movimentou R$ 19 milhões do tráfico
Além das prisões pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro, os policiais civis cumpriram 17 ordens de busca e apreensão
Publicado: 17/07/2025, 14:30

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu oito pessoas em operação contra uma organização criminosa que movimentou R$ 19 milhões provenientes do tráfico de drogas. A ação foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (17), com mandados cumpridos em Curitiba e Araucária, na Região Metropolitana.
Além das prisões pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro, os policiais civis cumpriram 17 ordens de busca e apreensão, além de outras 10 de bloqueios de ativos financeiros. Duas pessoas não foram localizadas e são consideradas foragidas. Durante a operação, os agentes verificaram que uma delas fugiu para o Exterior.
Diversos documentos foram apreendidos e serão analisados na continuidade da investigação. Em um dos endereços alvo da ação, o cão de faro da PCPR encontrou uma estrutura de fundo falso que possivelmente era utilizada para armazenar itens ilícitos, como dinheiro ou drogas.
O objetivo da ação era a descapitalização do grupo criminoso, formado por um núcleo familiar que atuava nos bairros Fazendinha e Cidade Industrial, na Capital. Além da comercialização de entorpecentes, a PCPR apurou que os envolvidos praticavam lavagem de dinheiro para ocultar a origem ilícita dos valores obtidos. “Neste momento, a investigação focou em atacar o patrimônio com o objetivo estratégico de bloquear a atuação do grupo no comércio de entorpecentes”, explica o delegado Ricardo Casanova, que conduz o inquérito.
A apuração, que contou com a quebra de sigilos fiscais e bancários, analisou alto volume de dados referentes à movimentação financeira do grupo desde 2016. Até o ano de 2024, cerca de R$ 19 milhões passaram pelas contas bancárias dos investigados.
O líder do grupo foi identificado por meio de investigações conduzidas no Paraná. Ele estava foragido após a expedição de um mandado de prisão e foi capturado em junho de 2023, em Balneário Camboriú, pela Polícia Militar catarinense. Na residência dele, foram apreendidos um fuzil, outras três armas de fogo, carregadores e grande quantidade de munição. Durante a abordagem, constatou-se que o suspeito usava documentos falsos.
Com a prisão, a investigação avançou e identificou que a documentação falsa também foi utilizada para criar uma empresa de fachada, supostamente do ramo de pintura. Somente por meio dela, o grupo movimentou R$ 6 milhões entre 2021 e 2023.
A empresa também foi utilizada para a compra de grande volume de materiais de construção que foram entregues em endereços de Curitiba. “Acreditamos que tenham destinado estes itens à construção ou reforma de imóveis que são mantidos em nomes de terceiros”, explica o delegado. Isso será apurado nos próximos passos da investigação.
Com informações: AEN.