Aranha geneticamente modificada produz seda fluorescente

Pesquisadores conseguiram, pela primeira vez, modificar geneticamente uma aranha utilizando a ferramenta CRISPR-Cas9, segundo estudo publicado nesta semana na revista Angewandte Chemie. A técnica, conhecida como uma espécie de "tesoura genética", permite alterar com precisão trechos específicos do DNA, sendo amplamente utilizada para estudar funções biológicas e desenvolver tratamentos para doenças.

Modificar geneticamente aranhas, no entanto, apresenta desafios únicos. De acordo com os autores do estudo, o DNA desses animais é particularmente complexo e seu comportamento agressivo — que inclui o canibalismo quando mantidas em grupo — exige que cada indivíduo seja criado separadamente em laboratório. Apesar das dificuldades, a equipe obteve sucesso ao trabalhar com a espécie Parasteatoda tepidariorum, uma aranha doméstica comum.

O objetivo da pesquisa foi investigar a seda produzida por esses aracnídeos, considerada um dos materiais naturais mais impressionantes já estudados. Leve, elástica, biodegradável e até cinco vezes mais resistente que um fio de aço de mesmo peso, a seda de aranha tem despertado grande interesse em áreas como a engenharia de materiais e a medicina.

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