Conheça Robert Prevost, novo papa Leão XIV
Prefeito do Dicastério para os Bispos, Prevost é conhecido como "pastor de duas pátrias" por sua atuação nos EUA e no Peru
Publicado: 08/05/2025, 14:45

O novo papa da Igreja Católica foi eleito nesta quinta-feira (8). Fumaça branca saiu da chaminé da Capela Sistina para indicar que os cardeais chegaram a um consenso no conclave para escolher o sucessor de Francisco.
O escolhido para o posto foi Robert Francis Prevost, que assumiu o nome Leão XIV. Prevost foi proclamado cardeal pelo papa Francisco em 2014.
Nascido em Chicago nos Estados Unidos, antes de se tornar padre, aos 22 anos, se formou matemático.
Prevost é conhecido como o “pastor de duas pátrias” devido à sua atuação missionária no Peru. Essa experiência lhe conferiu fluência em espanhol e um profundo entendimento da Igreja na América Latina, fazendo dele um potencial representante das Américas como um todo.
Robert recebeu cidadania peruana em 2015, após a sua atuação como Arcebispo emérito de Chiclayo, uma cidade ao norte de Lima. O novo papa chegou ao Peru como missionário agostiniano nos anos 80, e partiu como bispo para o Vaticano, se tornando uma figura central na administração de Francisco.
Prevost ocupava o cargo de prefeito do Dicastério para os Bispos, encarregado de nomear bispos em todo o mundo. Uma posição estratégica que lhe permitiu conhecer profundamente a estrutura da Igreja e participar ativamente na nomeação de bispos ao redor do mundo.
Apesar de sua experiência e alinhamento com as ideias do papa Francisco, a candidatura de Prevost enfrenta desafios. No entanto, analistas apontam que Prevost representa uma vertente mais progressista da Igreja americana, mais alinhada com os movimentos carismáticos e sensível a questões como imigração e justiça social.
Após a morte de Francisco, Prevost disse que ainda havia "muito a fazer" na transformação da Igreja. "Não podemos parar, não podemos retroceder. Temos que ver como o Espírito Santo quer que a Igreja seja hoje e amanhã, porque o mundo de hoje, em que a Igreja vive, não é o mesmo que o mundo de 10 ou 20 anos atrás", disse ele, no mês passado, ao Vatican News.
Sua formação na ordem dos agostinianos também é vista como um ponto positivo, trazendo uma dimensão contemplativa e missionária à sua candidatura.
Com informações do UOL