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Mandíbula achada na Ásia é de primos distantes de humanos, diz estudo

O pedaço da mandíbula com dentes grandes foi encontrado por um pescador no início dos anos 2000, no fundo do mar de Taiwan

O fragmento foi descoberto por um pescador no fundo do Canal de Penghu
O fragmento foi descoberto por um pescador no fundo do Canal de Penghu -

Da Redação

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A origem de uma mandíbula misteriosa encontrada na costa de Taiwan, apelidada de Penghu 1, intrigou a comunidade científica por quase 20 anos. Agora, uma equipe de pesquisadores do Japão e da Dinamarca revelou que o fóssil pertencia a um parente próximo de neandertais e humanos modernos que habitou a Ásia durante o período Pleistoceno. O estudo foi publicado nesta quinta-feira (10) na revista Science.

O fragmento foi descoberto por um pescador no fundo do Canal de Penghu, a cerca de 25 quilômetros da costa oeste de Taiwan. Após ser vendido a um antiquário e adquirido por um colecionador em 2008, o fóssil foi doado ao Museu Nacional de Ciências Naturais de Taiwan.

Para determinar a identidade da espécie, os cientistas recorreram à paleoproteômica — técnica que analisa proteínas antigas presentes nos fósseis. Os resultados confirmaram que o osso pertenceu a um denisovano, um grupo extinto de hominídeos.

“A mesma técnica pode e está sendo usada para estudar outros fósseis de hominídeos para determinar se eles também são denisovanos, neandertais ou outras populações de hominídeos”, explicou o coautor do estudo, Frido Welker, antropólogo molecular da Universidade de Copenhague, à revista Live Science.

Quando a mandíbula foi inicialmente analisada, especialistas debateram se ela poderia ser de um Homo erectus, um Homo sapiens arcaico ou de um denisovano, devido aos dentes grandes e estrutura robusta.

Como o fóssil ficou submerso por muito tempo, técnicas tradicionais de datação e tentativas de extração de DNA não tiveram sucesso. No entanto, ossos de animais encontrados próximos indicam que a mandíbula pode ter entre 10 mil e 70 mil anos — ou até mesmo de 130 mil a 190 mil anos. 

“Se o espécime pertencer à faixa etária mais recente, pode ser o denisovano mais jovem já identificado”, destacou Welker.

A descoberta reforça a presença dos denisovanos em várias partes da Ásia e contribui para desvendar capítulos importantes da história da evolução humana.

Com informações do Metrópoles


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