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Francisco será o último papa? Entenda profecia de São Malaquias

Santo ajudou a prever acontecimentos dos papados desde o século doze, mas não foi preciso sobre o papa Francisco; entenda

Papa Francisco em 2013. Veja o que a profecia de Malaquias diz sobre o pontífice
Papa Francisco em 2013. Veja o que a profecia de Malaquias diz sobre o pontífice -

Publicado por Luciana Brick

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O processo de escolha dos papas tem sido motivo de curiosidade desde o lançamento de Conclave, filme vencedor do Oscar que aborda o processo de escolha do novo sumo pontífice.

Além dos aspectos burocráticos do processo, as “profecias” de São Malaquias também são motivos de atenção. Elas descrevem os 112 últimos papas da Igreja Católica e o papa Francisco se encaixa na centésima décima segunda posição.

Apesar da parte curiosa, há desconfianças sobre a origem das profecias, que ficaram “escondidas” por mais de quatro séculos antes de serem divulgadas. Veja o que elas dizem.

O que é a “profecia de São Malaquias”?

A “profecia” de São Malaquias são 112 frases curtas em latim, as quais descreveriam os 112 últimos papas da Igreja Católica, na ordem de seus papados. Religiosos e estudiosos divergem sobre a autenticidade dos escritos.

Os lemas teriam sido descobertos em 1590, ano em que aconteceram dois conclaves, e alguns historiadores acreditam que foram falsamente datados como escritos em 1139.

As “profecias de Malaquias” se tornaram de conhecimento público em 1595, quando o monge beneditino Arnoldo de Wyon as inseriu no seu opúsculo “Lignum Vitae, ornamentum et decus Ecclesiae” (“Lenho da Vida, ornamento e glória da Igreja”).

Além disso, como outras previsões do futuro, as frases permitem mais de uma interpretação.

Para o padre Paulo Ricardo, os títulos dos papas até o ano de 1590 “cabem perfeitamente” com o pontífice eleito. No entanto, a partir deste ano, “os intérpretes procuram forçar a barra para encaixar a profecia”, explica o sacerdote na websérie “A Resposta Católica”, em 2013.

Veja a profecia de Malaquias sobre o papa Francisco

O lema do 112º papa é “Petrus II”, ou “Pedro II” em português. A posição é ocupada pelo papa Francisco desde 2013.

A “profecia” diz que o papa a assumir depois de Bento 16 teria o nome de Pedro II, o que não se concretizou.

O restante do lema afirma que ele reinaria na “suprema desolação do mundo” como o “último papa do Deus verdadeiro”.                               

Veja algumas outras profecias de Malaquias

Lema “Aquila Rapax” (“Águia de rapina”)

O papa Pio VII, que liderou entre 1800 e 1823, recebeu o lema “águia de rapina”, sendo a interpretação que o justifica a de que esse papa viveu durante o domínio militar de Napoleão Bonaparte, cujo símbolo era uma águia imperial.

Lema “Crux de Cruce” (“Cruz da cruz”)

Entre 1846 e 1878, o papa Pio IX ficou à frente da Igreja Católica. Para São Malaquias, ele teve o lema “cruz da cruz”, que seria uma metáfora para as dificuldades que ele enfrentou na Revolução Italiana (1848-1859). Este papa morreu enclausurado no Vaticano.

Lema “De Medietate Lunae” (“Pelo período de uma Lua”)

João Paulo I morreu de um ataque cardíaco 33 dias após assumir o pontificado, em 1978. Seu lema era “pelo período de uma Lua”.

Lema “Gloria Olivae” (“Glória da oliveira”)

O penúltimo papa, segundo a profecia de São Malaquias, foi Bento 16. Seu papado foi de 2005 a 2013. Pertencia à Ordem de São Bento, que tem como símbolo uma oliveira, o que justificaria sua relação com o lema. 

Quem é São Malaquias?

São Malaquias de Armagh seria o autor das “profecias dos papas”, e não o profeta Malaquias, do Antigo Testamento.

Ele nasceu na Irlanda em 1095, aproximadamente. Fez-se monge do mosteiro de Bangor, em seu país natal. Ordenado sacerdote aos 25 anos, empenhou-se na renovação da vida monástica, começando pelo mosteiro de Bangor. Feito bispo de Connor, tornou-se depois arcebispo de Armagh, relata Dom Estêvão Bettencourt em texto publicado por padre Paulo Ricardo.

Malaquias teria recebido as “profecias” em sonhos em 1139, quando passou um mês em Roma.

Morreu na França em 1148, quando viajava para se encontrar com o Papa Eugênio III.

Deixou fama de santidade e foi muito estimado pelas gerações seguintes, de modo que, após o devido processo, o Papa Clemente III o canonizou em 1190.

Com informações do O Povo 

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