Xícara de R$ 210 e fraude; entenda as polêmicas de Tânia Bulhões
A marca respondeu às críticas de fraude e anunciou a descontinuação de algumas coleções
Publicado: 12/02/2025, 09:18
![Com a repercussão do caso, internautas resgataram um escândalo do passado envolvendo a fundadora da marca](https://cdn.arede.info/img/cover/550000/1000x500/Captura-de-tela12-2-202591439wwwmetropolescom_00558920_0_202502120918.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.arede.info%2Fimg%2Fcover%2F550000%2FCaptura-de-tela12-2-202591439wwwmetropolescom_00558920_0_202502120918.jpg%3Fxid%3D1945651%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1739375269&xid=1945651)
As xícaras da marca de luxo Tânia Bulhões, que chegam a custar mais de R$ 200, se tornaram centro de uma polêmica nas redes sociais após consumidores identificarem semelhanças entre os produtos vendidos pela empresa e peças encontradas em outros países por preços muito mais baixos.
A marca respondeu às críticas e anunciou a descontinuação de algumas coleções. Além disso, a repercussão fez ressurgir um escândalo do passado envolvendo a fundadora da empresa, Tânia Bulhões, condenada por fraude em importações.
A controvérsia começou quando um vídeo publicado no TikTok viralizou, acumulando quase 1 milhão de visualizações. No vídeo, uma mulher conta ter encontrado uma xícara da coleção Marquesa, vendida por Tânia Bulhões, em um café simples na Tailândia, mas sem a marca da empresa. Ao comparar com sua própria peça em casa, percebeu que eram idênticas, mas a versão da marca brasileira continha apenas um logotipo sobreposto. Veja o vídeo:
@izapalmeira Descobri o segredo da Tânia Bulhoes ! Pra quem paga uma fortuna nas louças! #segredoTâniaBulhoes #taniabulhoes #thailand🇹🇭 #taniabulhões ♬ original sound - Izadorapalmeira
Diante da repercussão, a Tânia Bulhões se posicionou em 4 de fevereiro, afirmando que tomaria medidas jurídicas contra a disseminação de informações falsas e reforçou a proteção de sua propriedade intelectual.
Segundo a empresa, a coleção Marquesa teria sido desenvolvida exclusivamente para a marca, mas reconheceu que não fabrica todos os seus produtos. Também alegou que um parceiro teria descumprido acordos contratuais e comercializado sobras de produção sem autorização.
Em 7 de fevereiro, a empresa divulgou novo comunicado, desta vez anunciando a interrupção da produção das coleções Marquesa, Mediterrâneo, Lírio e Entre Rios. Além disso, ofereceu a possibilidade de troca ou devolução dos produtos já adquiridos. A empresa ainda afirmou que está estudando a criação de uma unidade de produção própria em Uberaba, Minas Gerais, para evitar problemas futuros.
Diferentemente da primeira nota, a nova mensagem da marca adotou tom mais conciliador e agradeceu aos clientes que trouxeram a questão à tona. “Pedimos desculpas pela insegurança gerada e pelos questionamentos absolutamente legítimos que surgiram nos últimos dias”, afirmou a empresa.
FRAUDE E CONDENAÇÃO - Com a repercussão do caso, internautas resgataram um escândalo do passado envolvendo a fundadora da marca, Tânia Bulhões. Em 2010, a empresária foi condenada pela Justiça Federal por fraude em importações, sendo acusada de subfaturar mercadorias e movimentar dinheiro ilegalmente.
A pena, de 4 anos de prisão, foi convertida em serviços comunitários e em multa de R$ 1,7 milhão, destinada a instituições de caridade. Além disso, Tânia ficou proibida de sair do país sem autorização judicial. As investigações indicaram que o esquema envolvia movimentações financeiras no exterior e valores expressivos.
Informações: Metrópoles