Caso Isabelly: Suspeita teria atacado a vítima após ser insultada
Mensagens encontradas no celular do namorado da suspeita teriam incentivado Debora a cometer o crime
Publicado: 28/05/2024, 19:08
O advogado Jean Campos, da defesa de Debora Custódio, suspeita de jogar soda cáustica em Isabelly Ferreira, disse em entrevista para a RICtv Londrina, nesta terça-feira (28), que mensagens encontradas no celular do namorado da suspeita teriam incentivado Debora a cometer o crime. Nas mensagens, teriam frases como: “Está com essa feia, ainda?”, “Com essa bagaceira?” e “Eu sou melhor que ela”.
O ex da vítima, que é atual de Debora e está preso por outro crime, teria respondido que Isabelly era a mulher mais linda do mundo, segundo o advogado Campos. As mensagens teriam sido encontradas pela suspeita no celular do namorado. O advogado diz que essas mensagens “fizeram com que Debora efetivamente perdesse a cabeça, fosse até o local e jogasse a substância no rosto da vítima”.
Jean Campos disse ainda que o crime não foi premeditado, já que os materiais que a suspeita usou, de acordo com o advogado, já eram dela. A camiseta que ela estava usando seria dela mesma e a peruca e a calça seria da avó da suspeita, segundo Campos.
Contudo, a Polícia Civil do Paraná (PCPR) acredita que o crime foi premeditado, o delegado Tristão, da delegacia de Jacarezinho, diz que “as imagens evidenciam que foi um crime planejado, ela estudou os passos da vítima. Sabia que ela frequentava a academia e passava por aquele local naquele momento e resolveu cometer a atrocidade”, comentou Tristão.
PRONUNCIAMENTO DA POLÍCIA CIVIL SOBRE O PRODUTO- Em nota, a Polícia Civil do Paraná (PCPR) disse que “aguarda laudos complementares que apontarão a substância com exatidão”. No entanto, o advogado de defesa e a suspeita afirmam que a substância utilizada era soda cáustica.
PRISÃO DE DEBORA- Debora Custódio, suspeita de jogar soda cáustica em Isabelly Ferreira, foi presa na última sexta-feira (24), em Jacarezinho, mesma cidade onde o crime aconteceu, por volta das 5 horas da manhã, no pátio de um hotel.
A Polícia Militar (PM) foi acionada após a mulher pedir socorro. No local, ela alegou que quatro homens a perseguiram, porém que não sabia o motivo. Por fim, também afirmou que estava escondida em um matagal próximo desde quarta-feira à tarde.
As afirmações da mulher geraram desconfiança nos policiais, por conta do dia e horário em que ela havia se escondido, portanto, compatível com a ataque contra Isabelly. Além disso, ela estava em um local próximo de onde o crime foi registrado. Ao ser questionada, a suspeita confessou o ataque contra a jovem.
SAÚDE DA VÍTIMA- Apesar de ainda necessitar de cuidados intensivos e não ter nenhuma expectativa de receber alta, a jovem Isabelly Ferreira apresenta melhoras no quadro de saúde. No sábado (25), três dias após o ataque com ácido, a jovem passou a respirar sem ajuda de aparelhos.
Com informações: RIC.