Cadáver em banco: defesa de mulher alega “clamor público”
A defesa de Érika Vieira alega problemas de saúde da filha dela. Mulher acabou presa em flagrante por tentativa de furto mediante fraude
Publicado: 19/04/2024, 11:50
A defesa de Érika de Souza Vieira Nunes, 42 anos, presa em flagrante após levar o cadáver do tio a uma agência bancária, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, na última terça-feira (16), pediu a liberdade condicional da mulher, por meio de um habeas corpus, na 2ª Vara Criminal de Bangu.
Segundo o recurso, que ainda será analisado, caso não ocorra a suspensão da prisão, os advogados querem que Érika responda em liberdade durante as investigações, com a alegação de que a mulher tem uma filha, de 14 anos, que depende de cuidados especiais.
“A ora acusada é pessoa íntegra, idônea, de bons antecedentes, não pretende se furtar à aplicação da lei penal, nem atrapalhar as investigações, já que possui residência fixa”, diz um trecho do documento.
Érika tentou sacar R$ 17 mil em uma agência bancária em Bangu. Para tanto, o tio devia assinar um documento — mas, segundo o Samu, o homem estava morto antes mesmo de chegar ao local. A mulher responde por vilipêndio de cadáver e por tentativa de furto mediante fraude.
Prisão injusta - Os advogados de Érika, que se diz sobrinha e cuidadora de Paulo Roberto Braga, 68 anos, sustentam que “a prisão preventiva não é justa” porque Erika “sempre se pautou na honestidade e no trabalho”.
No pedido de habeas corpus, a defesa destacou que “não existem mais fundamentos para a manutenção da prisão” da dona de casa, “uma vez que os indícios se baseiam apenas em um clamor público de que Erika havia levado um cadáver até o banco para tentar aplicar um golpe do empréstimo, o que não é verdade”.
O homem esteve internado com pneumonia na UPA de Bangu e recebeu alta médica na segunda-feira (15/4). No local, ele estava acompanhado por Érika. Segundo a defesa, após saírem do hospital, a mulher peregrinou com ela por agências bancárias a fim de obter empréstimos.
Informações: Metrópoles