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Diocese sedia encontro de Escolas de Fé e Política

Coordenador diocesano escolhido para representar Regional Sul 2

O bispo deu uma bênção especial aos participantes no sábado
O bispo deu uma bênção especial aos participantes no sábado -

Da Redação

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O coordenador da Escola de Fé e Política Magnificat, Claudimar Barbosa da Silva, foi escolhido o novo representante do Regional Sul 2 na Coordenação Executiva Ampliada do Centro Nacional de Fé e Política Dom Helder Câmara (CEFEP). A escolha aconteceu dentro do II Seminário das Escolas de Fé e Política do Regional, realizado na Casa Diocesana de Evangelização São Paulo Apóstolo, na Colônia Dona Luíza, em Ponta Grossa, reunindo as coordenações das Escolas de Fé e Políticas ativas e inativas e seus egressos. O bispo Dom Sergio Arthur Braschi esteve com os participantes e abençoou o encontro, na manhã de sábado (18).

“A expectativa é contribuir para o desenvolvimento do movimento das Escolas de Fé e Política no Regional Sul 2 e na Região Sul, como um todo”, afirma Claudimar Barbosa, que vai assumir a nova missão em 2025, mas, ainda assim, viaja em abril do ano que vem para acompanhar o Seminário Nacional das Escolas de Fé e Política do CEFEP, em Brasília, e fica um dia a mais para, como ouvinte, participar da reunião da Coordenação Executiva Ampliada. “Na verdade, eu já participei, este ano, do Seminário Nacional, que foi também em abril. Então, tenho domínio sobre o tema. E isso vai ajudar a nossa escola também”, acrescenta, citando que o atual representante do Regional Sul 2 na Coordenação Executiva, Tales Falleiros Lemos, tem muito trabalho pela frente ainda.

Tales Lemos, da Escola de Fé e Política da Diocese de Guarapuava, conta que, durante a pandemia, houve dificuldade de fazer encontros presenciais, em função do que, foi constituído um grupo com representantes das macrorregiões, o secretário executivo do Centro Nacional de Fé e Política, padre Paulo Adolfo Simões, e Odete Rigato Mioto, coordenadora pedagógica do Centro. Ao longo de 2020 e parte de 2021 foi feito o planejamento estratégico para cinco anos. “Um dos desdobramentos que houve foi um novo curso da dimensão social da fé, em parceria com a Universidade Católica de Pernambuco, que tem a sua primeira turma se formando agora. Um curso para formação de conselheiros, (com duração) de mais ou menos seis a oito meses, que visa articular os conselheiros de direitos nas dioceses e estimular o trabalho de multiplicação dessa formação e um outro curso. Nesse processo de planejamento estratégico foi constituída essa estrutura atual: hoje, ao invés de ser somente o secretário executivo e a coordenadora pedagógica, temos uma coordenação executiva, composta pelos dois e mais um representante de cada macrorregião e um representante das escolas de fé e política evangélicas”, detalha.

A estrutura conta com uma Ampliada Nacional, formada por um representante por Regional. Lemos foi escolhido para representar o Sul 2 em junho do ano passado. Sob sua coordenação, foi realizado, em 2022,  o primeiro Seminário das Escolas de Fé e Política, em novembro, no formato online, do qual participaram cerca de 35 pessoas. “Tínhamos o desejo de fazer um (seminário) presencial para se animar na caminhada, ver como estão as escolas...Escolhemos o tema Campanha da Fraternidade do ano que vem, ‘Amizade Social’, que é baseada na Fratelli tutti, do Papa Francisco, e o ‘Encantar a Política’, que é um projeto que também surgiu do CEPE comum e parceiros: o Conselho Nacional do Laicato do Brasil, o Núcleo de Ensino Sócio-Político da PUC Minas, escolas evangélicas, Centro Ecumênico do Serviço de Evangelização Popular, que abrange a América Latina, mas está localizado em São Paulo e tem vários cursos. Essas entidades, reunidas em rede, criaram a Rede Nacional de Fé e Política e a expressão dela, junto com as pastorais sociais, foi fazer o Projeto Encantar a Política, com cartilha. Também é baseada no mandato do Papa Francisco, com a Laudato si, Fratelli tutti e na Evangelii Gaudium. Três documentos que mais ou menos norteiam os cinco capítulos do projeto”, explica o coordenador.

De acordo com Lemos, para o ano que vem, uma das ideias que se teve quando foi criado o projeto era evitar a reprodução de cartilhas. “É uma prática aqui do Regional, produzir uma cartilha a cada dois anos, eleição municipal e nacional e estado. Mas, a gente acha que a cartilha reduz muito o universo e não trabalha a diversidade. Pensávamos em cadernos, como foi feito, mas em outros meios de comunicação também para trabalhar nas redes sociais... A partir do caderno foi criado um hotsite que acabou recebendo vários materiais, vídeos, podcasts com entrevistas, subsídios para reflexão em pequenos grupos, círculos bíblicos. Qualquer um pode pegar, adaptar e aplicar o material em sua realidade. Já com a ideia que isso não fosse pontual, só para o momento eleitoral, mas que trabalhasse esse despertar não só da consciência política, mas também a participação social, a partir da Doutrina Social da Igreja”, argumenta.

Hoje, estão em funcionamento as Escolas de Fé e Política Magnificat, a Dom Ladislau Biernarski, da Arquidiocese de Curitiba, Areópago, de Foz do Iguaçu, e. a Interdiocesana de Fé e Política de Jacarezinho e Cornélio Procópio. A Escola de Londrina tem participado de algumas ações, segundo Lemos. A Escola da Arquidiocese de Maringá, que começou como de Fé e Política e tem vinculação com a Caritas, mudou de nome. Passou a se chamar ‘Escola do Bem Viver’. “Temos trabalhado para reintegrá-la por enfocar questões que nós trabalhamos. Mas, cada Escola tem autonomia junto ao bispo para trabalhar de acordo com sua realidade local. O processo de articulação surgiu por conta do CEFEP, mas não queremos dizer o que têm de fazer, engessar as ações. Simplesmente, nos colocar a serviço no sentido de apoiar”.

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  • Claudimar Barbosa foi escolhido como representante do Regional Sul 2
    Claudimar Barbosa foi escolhido como representante do Regional Sul 2
  • Professor Edson fez uma análise da conjuntura atual.
    Professor Edson fez uma análise da conjuntura atual.
  

SEMINÁRIO - II Seminário das Escolas de Fé e Política do Regional Sul 2 teve como tema ‘A Amizade Social e o Encantar a Política’ e a assessoria do padre Paulo Adolfo Simões. Aconteceu de sexta-feira (17) a domingo e contou com cerca de 25 participantes de Jacarezinho, Cornélio Procópio, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Caxias do Sul e Ponta Grossa. A intenção foi propiciar uma maior interação e troca de experiência das Escolas e das lideranças do Regional Sul 2 entre si e com o CEFEP; refletir sobre o tema com a assessoria do CEFEP, construindo ao menos uma ação comum para ser desenvolvida pelas Escolas durante 2024, e, fomentar o surgimento novas Escolas de Fé e Política no Regional, além de escolher o próximo representante do Regional para a Ampliada.

"O Seminário atingiu a todos os objetivos propostos, proporcionando, além disso, a integração entre os dirigentes das Escolas de Fé e Política que participaram e o próprio CEFEP, representado pelo secretário executivo, padre Paulo Adolfo, e pela integrante da Coordenação Executiva, como representante da Região Sul (PR, SC e RS), Rita Casiraghi Moschen, integrante da Escola de Fé, Política e Trabalho, da Diocese de Caxias do Sul”, resume o coordenador da Escola Magnificat, Claudimar Barbosa.  

No sábado pela manhã, o professor doutor Edson Armando Silva conduziu uma análise de conjuntura sociopolítica, econômica e eclesial. “É preciso tomar consciência que, em um mundo complexo, em um mundo polarizado como vivemos, é necessário encontrarmos canais de diálogo e construirmos pontes na direção de uma maturidade de fé. Os grupos acabam se encapsulando em bolhas, pensando da mesma maneira. Cada um deles tem um tanto de verdade em seu ponto de vista e tem um tanto de incompreensão da realidade geral do outro. Construir pontes, ampliar a nossa capacidade de análise e dialogar é fundamental para encontrar um caminho para cumprir a missão como Igreja, que é a implantação do Reino de Deus nas estruturas concretas deste mundo”, destacava o professor.

Padre Paulo Adolfo Simões, secretário executivo do CEFEP, foi o responsável pela assessoria do Seminário no sábado à tarde. O sacerdote da Arquidiocese de Pouso Alegre (MG), abordou suas considerações na linha da Fratelli tutti, a Amizade Social, que é também o tema da Campanha da Fraternidade do ano que vem. “Refleti com eles a partir do caderno Encantar a Política, que já traz uma versão mais abrasileirada dessa proposta, dessa convocação do Papa Francisco, e, falei também do projeto Encantar a Política, como foi concebido, construído, quais as suas intenções e os resultados obtidos na primeira edição para a eleição passada e o que temos programado para as eleições 2024”, resumiu.

“O Seminário é importante para reforçar as Escolas. Cada uma tem uma experiência, para fazer a partilha dessas experiências. Um evento como esse sempre deve trazer gente nova para não continuar falando sempre para os mesmos. É necessário fazer isso, mas totalmente insuficiente. Vi gente nova aqui hoje. Para a coordenação do CEFEP é muito interessante fazer esse contato com as bases para ver como de fato as coisas acontecem”, ressaltou padre Paulo.

A coordenadora executiva do CEFEP desde 2021, Rita Casiraghi Moschen, lembrou que acompanha os seminários porque, além de enriquecer sua própria caminhada, cumpre a missão de motivar e instigar as pessoas a prosseguir na caminhada. “Estamos enfrentando um momento bem difícil, em que as pessoas estão mais reclusas. O pós-pandemia tem a ver com isso, mas não só. A situação social, política e ecológica tem a ver com esse fechar-se em si mesmo das pessoas. Por isso é importante não parar, seguir na caminhada, mesmo com poucas pessoas. A pouca participação acontece também em outras instâncias. Há uma retração na mobilização das pessoas no sentido de mudar a realidade que temos. Todos dizem que não estão contentes, que há necessidade de mudança, mas a mobilização para ir à luta não existe mais. Este Seminário é um espaço importantíssimo. As pessoas que estão aqui vão poder levar para sua comunidade essa mensagem: que temos que ser persistentes, não existe possibilidade de mudar algo sem isso. Não é preciso uma mudança grandiosa. Mesmo que seja uma única pessoa que mude a percepção, a partir do Seminário, foi um ganho”, garantiu.

Com informações da assessoria.

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