Mãe chora por morte de filha em show de Taylor: “Deus levou ela” | aRede
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Mãe chora por morte de filha em show de Taylor: “Deus levou ela”

Ana Clara Benevides, de 23 anos, morreu após passar mal durante o show de Taylor Swift na última sexta-feira (17), no Rio de Janeiro

Adriana contou que pediu que a filha se cuidasse, orientando que ela se alimentasse adequadamente e não se esquecesse de manter-se hidratada
Adriana contou que pediu que a filha se cuidasse, orientando que ela se alimentasse adequadamente e não se esquecesse de manter-se hidratada -

Da Redação

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Os pais de Ana Clara Benevides, fã que morreu durante o show no da cantora Taylor Swift, Rio de Janeiro, na última sexta-feira (17), falaram sobre os últimos contatos com a filha e como estão lidando com a perda. Nesse domingo (19), ao Fantástico, a família e a amiga que acompanhava Ana no dia do show falaram sobre o atendimento recebido e como foram as últimas horas de vida da jovem.

“Quando ela tentou comprar o ingresso e não conseguia, eu disse: ‘Minha filha, entrega nas mãos de Deus e pede pra ele. Se for para o seu bem, que ele conceda’. Foi isso que ela fez: pediu pra Deus e deu certo. Ele queria levar ela num dia feliz”, afirmou Adriana Benevides, a mãe da jovem, ao Fantástico.

Em uma das conversas por mensagem, quando Ana já estava no Rio de Janeiro, Adriana contou que pediu que a filha se cuidasse, orientando que ela se alimentasse adequadamente e não se esquecesse de manter-se hidratada. “‘Mãe, eu vou comer bastante barrinha de cereal, porque vou ficar muito tempo lá. Eu quero ser a primeira da fila, eu quero ficar pertinho dela, mãe.’ Falei: ‘vai, minha filha. Você vai conseguir’”.

“Deus levou ela, mas no momento mais feliz da vida dela. Ela dizia: ‘Se eu não conseguir ir nesse show, eu morro'”, completou Adriana.

A reportagem também conversou com Weiny Machado, pai de Ana Clara. Ele descreveu o sentimento de receio em relação a ida da filha ao Rio de Janeiro. Era sua primeira viagem de avião e também a primeira vez na capital fluminense.

“Total [receio], por ser uma cidade até então desconhecida, uma cidade perigosa, pedia para ela não aceitar nada de ninguém, principalmente bebida.”

Dificuldade no traslado do corpo - Os pais de Ana declararam ainda que a Time For Fun, responsável pela organização da turnê da cantora no Brasil, chegou a oferecer assistência psicológica após o ocorrido.

Contudo, eles relatam que estão com dificuldades financeiras para levar o corpo para Mato Grosso do Sul, onde ela nasceu.

Weiny Machado disse que espera respostas das autoridades. Na certidão de óbito da jovem, ele mostra que a causa foi apontada como “indeterminada, ainda depende de resultados laboratoriais”.

“O motivo, quero saber o motivo, a causa da morte até então ficou vago. Aguardando resultados laboratoriais no laudo. Eu nunca tinha visto isso”, desabafa o pai, que também questionou os mais de 1000 desmaios durante o show. “Por que? Toda prefeitura tem assistência social, eles poderiam vir, e não sabem as condições do local.”

Após declaração da família de Ana Clara Benevides ao Fantástico, afirmando que não recebeu nenhum suporte da Time For Fun nem da equipe da cantora Taylor Swifit, diversas pessoas se mobilizaram e criaram uma vaquinha on-line para ajudar os pais da jovem a pagar o traslado do corpo.

Últimas horas de Ana Clara - Daniele Menin, amiga que acompanhava Ana Clara na fila e no show, afirmou que muitas pessoas estavam passando mal no dia do evento.

“Antes do show começar ainda, todo mundo suando muito, tinha muita gente saindo mal dali. Alguns não chegavam a desmaiar, outros eram carregados, alguns cambaleando. Ao nosso redor, tinha contado umas 10 meninas assim, saindo ali da grade”, contou a amiga.

Segundo Daniela, as duas beberam água antes da abertura dos portões e dentro do estádio, enquanto esperavam o show.

“Quando o show começou, a Taylor entrou e a gente não acreditou que estava lá. Comecei a chorar, a Ana também, nos abraçamos. Mas na segunda música, pulando feliz, vi ela caindo. Eu não sei como, mas tive força, coloquei ela na minha perna e pulei para trás, chegamos até a grade e levaram ela. Fui atrás”, disse Daniela.

“A médica já foi falando que era código azul, não tinha pulso mais. Tentaram reanimar, levaram para o hospital e o médico logo chamou. Ele falou que era grave e precisava do contato da família. Entrei em desespero e quando ele falou com o pai da Ana, minha ficha caiu que ela não ia voltar mais”, desabafou.

Relembre o caso - Ana Clara Benevides era estudante de psicologia e fã de Taylor Swift. A jovem de 23 anos morreu durante o show da cantora na última sexta, no Rio de Janeiro, após passar mal. A sensação térmica no local chegou a 60ºC e os bombeiros contabilizaram, extraoficialmente, mil desmaios durante o evento.

A morte de Ana gerou comoção, revolta e pedidos de justiça nas redes sociais. O tópico “Justiça por Ana” chegou a ser o assunto mais comentado no X (antigo Twitter).

Ana Clara era natural do Mato Grosso do Sul, mas morava em Rondonópolis, em Mato Grosso, onde cursava psicologia na Universidade Federal de Rondonópolis (UFR).

No dia do show, Ana e a amiga Daniele chegaram cedo na fila para conseguir um bom lugar dentro do estádio.

Ambas conseguiram um espaço na grade, próxima ao palco. Ana desmaiou durante a apresentação da cantora. Segundo Daniele, Taylor Swift cantava a segunda música da setlist, “Cruel Summer”, quando Ana Clara passou mal.

De acordo com testemunhas, a jovem chegou a ser reanimada ainda no estádio por cerca de 40 minutos. A caminho do hospital, ela teve uma segunda parada. A jovem chegou por volta das 20h, foi atendida, mas não resistiu.

Informações: Metrópoles

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