Marinha teria concordado com golpe e Exército não, diz Cid
Ex-ajudante de Bolsonaro teria relatado a informação durante delação à Polícia Federal
Publicado: 21/09/2023, 14:18
A reunião que o então presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL) teve, no ano passado, com a cúpula das Forças Armadas e seus ministros mais próximos não resultou em uma proposta de golpe de Estado porque a ideia de intervenção militar não foi aceita por unanimidade. É o que teria relatado o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, em delação à Polícia Federal (PF).
Cid ainda teria citado à PF nomes como o do almirante de esquadra da Marinha, Almir Garnier (foto em destaque), que teria afirmado ao ex-presidente que suas tropas estariam prontas para responder à convocação de Bolsonaro. O Comando do Exército, no entanto, teria ficado contra a ideia de golpe e contra o consequente impedimento da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O almirante Garnier é o mesmo que se recusou a comparecer à cerimônia de entrega do cargo ao comandante Marcos Sampaio Olsen no governo Lula.
Sem confirmação
A defesa do tenente-coronel Mauro Cid informou que não teve acesso aos depoimentos em questão e que, por isso, não pode confirmar o conteúdo. No entanto, não houve qualquer desmentido.
Com informações: Metrópoles.