Cotidiano

Professores exigem vacinação em massa antes do retorno presencial às aulas
Foto: Divulgação/APP-Sindicato
Professores marcam greve para dia 18 de fevereiro
APP-Sindicato ataca decreto do governo estadual que
autoriza retorno presencial às aulas no próximo dia 18 em meio ao aumento de
casos de covid-19
Com o iminente retorno às atividades presenciais nas escolas
públicas e privadas do Paraná a partir da assinatura do decreto estadual que autoriza
a volta às aulas a partir de 18 de fevereiro, os professores da rede estadual
anunciaram uma greve para a mesma data. Aproximadamente 1,1 mil trabalhadores
da educação participaram de uma assembleia estadual convocada neste sábado (23)
pela APP-Sindicato e aprovaram a greve geral.
De acordo com o Sindicato, educadores são contrários ao
modelo híbrido proposto pelo governo Ratinho Junior e afirmam que não houve
debate com a categoria. A preocupação da classe é que, com a volta das atividades
escolares, alunos, professores e funcionários devem ficar mais expostos ao novo
coronavírus antes de serem vacinados contra a covid-19. Além disso, o aumento
nos casos e mortes no Paraná é outro ponto destacado pelo Sindicato para
definir a paralisação.
Além da defesa da vida daqueles que estão na linha de frente
da educação, os participantes debateram e aprovaram a jornada de lutas de 2021
e também a campanha salarial, utilizando mote “Educadores(as) em defesa da
vida, da escola pública, do emprego e dos direitos”. Entre os eixos
apresentados na campanha estão a defesa da vida, principalmente o direito da
vacina para todos e o retorno das aulas presenciais somente com a aplicação da
vacina e com as condições sanitárias necessárias.
O segundo eixo aborda a defesa dos empregos, cobrando assim
concurso público para professores e funcionários de escola, resolução de
distribuição de aulas com todos os direitos mantidos, a revogação da lei que
permite a terceirização de funcionários de escola. Já o terceiro eixo visa
garantir a defesa de direitos dos servidores e demais trabalhadores.
O quarto e último eixo destaca a defesa de condições
humanizadas de trabalho, exigindo a realização da Conferência Estadual de Saúde
do Servidor, condições sanitárias das escolas com comissão permanente da
comunidade escolar, Fornecimento gratuito de internet e equipamentos para
professores e estudantes, além da instituição de um programa de atendimento
total de saúde e perícia médica humanizada.
O presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão, enfatiza que a categoria deve fortalecer o debate e convidar os colegas de trabalho para fortalecer a luta pela vida e direitos dos trabalhadores da educação do Paraná. “É momento de construir uma greve forte, com a unidade de professores e funcionários para que o governo cesse os ataques à categoria e reabra os canais de diálogo”, afirma o presidente.
Com informações da assessoria de imprensa.