Cotidiano

Orientação é que candidatos mantenham o distanciamento mesmo fora dos locais de prova
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Estudantes fazem hoje primeira prova do Enem 2020
Provas deste domingo
são de linguagens e ciências humanas e terão restrições devido à pandemia de
covid-19
Milhões de estudantes de todo o país fazem neste domingo (17)
a primeira prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020. Os portões foram
abertos às 11h30. Os estudantes poderiam entrar no local de prova até as 13h,
no horário de Brasília. Por causa da pandemia do novo coronavírus, a
recomendação é que seja mantido o distanciamento entre as pessoas, mesmo fora
dos locais de aplicação.
Quem for diagnosticado com covid-19, ou apresentar sintomas
dessa ou de outras doenças infectocontagiosas até o momento do exame, não
deverá comparecer ao local de prova e sim entrar em contato com o Inep pelo
telefone 0800-616161. Esses estudantes terão direito a fazer a prova na data de
reaplicação do Enem, nos dias 23 e 24 de fevereiro.
As provas começam a ser aplicadas às 13h30. Neste domingo,
os participantes fazem as provas objetivas de linguagens e ciências humanas,
com 45 questões cada, e a prova de redação. Os estudantes terão cinco horas e
30 minutos para resolver as questões. A prova termina às 19h.
O que levar
Para fazer o exame alguns itens são obrigatórios. Neste ano,
além do documento oficial de identificação com foto e da caneta esferográfica
de tinta preta, fabricada em material transparente, itens obrigatórios também
nos exames anteriores, a máscara de proteção facial passa a integrar essa
lista. Os participantes que não estiverem com máscara de proteção facial não
poderão ingressar no local de prova.
A lista de documentos aceitos está disponível na página do
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Entre eles estão a Carteira de Identidade, a CNH, o passaporte e a Carteira de
Trabalho emitida após 27 de janeiro de 1997.
Embora não seja obrigatório, é recomendado que os
participantes levem máscaras extras para trocar durante a prova. Haverá nos
locais de prova álcool em gel para que os estudantes higienizam as mãos, mas é
permitido que os participantes levem seu próprio produto caso desejem.
Como se trata de uma prova longa, também é recomendado que
os participantes levem lanche e água e/ou outras bebidas, com exceção de
bebidas alcoólicas que não são permitidas e podem levar à eliminação do
candidato. É recomendado também que se leve no dia do exame o Cartão de
Confirmação da Inscrição. Nele está, entre outras informações, o local de
prova. O cartão pode ser acessado na Página do Participante.
Caso necessitem comprovar que participaram do exame, os
estudantes podem, também na Página do Participante, imprimir a chamada
Declaração de Comparecimento para cada dia de prova, informando o CPF e a
senha. A declaração deve ser apresentada ao aplicador na porta da sala em cada
um dos dias. Ela serve, por exemplo, para justificar a falta ao trabalho.
Enem 2020
O exame segue no próximo domingo (24), quando os estudantes
farão as provas de ciências da natureza e de matemática. Ao todo, cerca de 5,8
milhões de estudantes estão inscritos para fazer as provas. O Enem 2020 terá
uma versão impressa, nos dias 17 e 24 de janeiro, e uma digital, realizada de
forma piloto para 96 mil candidatos, nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro.
As medidas de segurança adotadas em relação à pandemia do
novo coronavírus serão as mesmas tanto no Enem impresso quanto no digital.
Haverá, por exemplo, um número reduzido de estudantes por sala, para garantir o
distanciamento entre os participantes. Durante todo o tempo de realização da
prova, os candidatos estarão obrigados a usar máscaras de proteção da forma
correta, tapando o nariz e a boca, sob pena de serem eliminados do exame. Além
disso, o álcool em gel estará disponível em todos os locais de aplicação.
Impactos da pandemia
O exame, que estava inicialmente agendado para outubro e
novembro do ano passado, foi adiado após uma série de protestos virtuais. O
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)
anunciou, então, uma série de medidas de segurança para evitar a contaminação
pelo novo coronavírus.
Mesmo assim, com o aumento de casos e de mortes por covid-19
em todo o Brasil, o movimento por um segundo adiamento das provas ganhou força.
A Defensoria Pública da União (DPU) acionou a Justiça pedindo o adiamento,
argumentando que as aglomerações habituais nos dias de realização do Enem
favorecem a disseminação do novo coronavírus. Além disso, o órgão afirma que os
estudantes das escolas públicas podem ser prejudicados pela suspensão das aulas
presenciais no ano letivo.
O pedido foi negado pela Justiça Federal de São Paulo, que afirmou que a alteração na data do Enem resultaria em grandes transtornos logísticos, que poderiam “comprometer a própria realização do exame no primeiro semestre de 2021”. A decisão, no entanto, ressalva que se o risco de maior de contágio levar alguma autoridade local ou regional a declarar novo lockdown, isso seria um impedimento para a realização das provas. Caberia ao Inep reaplicar a prova nessas localidades específicas.
Foi o que ocorreu no Amazonas, estado em calamidade pública
por causa da pandemia, com falta de leitos e insumos para tratar os doentes.
Diante dessa situação, a aplicação do exame foi suspensa no estado.
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