Cotidiano

Caso resposta seja positiva, campanha de vacinação contra a covid-19 começa nesta quarta-feira
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Anvisa decide hoje se aprova uso de vacinas contra covid
Reunião que definirá
uso emergencial da Coronavac e outras vacinas começa às 10h e deve terminar no
meio da tarde deste domingo
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) realiza,
neste domingo (16), em Brasília, reunião extraordinária de sua diretoria
colegiada, formada por cinco integrantes, para analisar os pedidos de
autorização temporária de uso emergencial de duas vacinas contra a covid-19.
A reunião começa às 10h, tem previsão de cinco horas de
duração e será transmitida ao vivo pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e
pelos canais digitais da agência.
Estão na pauta da Anvisa os processos do imunizante Coronavac,
fabricado e desenvolvido pelo Instituto Butantan, em conjunto com a
farmacêutica chinesa Sinovac; e o da vacina da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz),
desenvolvida pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, em parceria com o
laboratório AstraZeneca.
Somados, os pedidos se referem a seis milhões de doses da
Coronavac e outros dois milhões de doses da vacina da Astrazeneca/Oxford.
Segundo comunicado da Anvisa, os pedidos serão analisados de
forma separada e a decisão de aprovar o uso emergencial ou não será tomada por
maioria simples, ou seja, de cinco diretores, três votos a favor ou contra
definirão o resultado.
Apresentação
Após a abertura da reunião, três áreas técnicas da Anvisa
farão uma apresentação: área de medicamentos, que avalia os estudos clínicos e
de eficácia e segurança; a área de certificação de boas práticas de fabricação,
que verifica se os locais de fabricação da vacina têm condições adequadas; e a
área de monitoramento de eventos adversos, que monitora e investiga depois da
vacinação se as pessoas tiveram alguma reação à vacina.
De acordo com o painel da Anvisa que atualiza o andamento
dos pedidos, atualizado por volta das 16h deste sábado (16), a Coronavac tinha
62,12% da documentação analisada, restando 37,86%. Já a vacina da
AastraZeneca/Oxford, em parceria com a Friocruz, aparecia com 85,12% de análise
concluída, restando ainda 14,88% de documentação a ser examinada.
Terminada a apresentação das áreas técnicas, a
diretora-relatora dos dois processos, Meiruze Freitas, passará a ler o voto. Em
seguida, cada um dos demais diretores vota concordando ou discordando do voto
da relatora. São eles: Antonio Barra (diretor-presidente), Cristiane Jourdan,
Romison Mota e Alex Campos.
Resultado da votação
Na sequência, o resultado da votação é anunciado pelo
diretor-presidente da Anvisa. A decisão passa a valer a partir do momento em
que houver comunicação oficial aos laboratórios que fizeram o pedido. O
resultado também é publicado no portal da Anvisa e não precisa de publicação no
Diário Oficial da União para entrar em vigor.
Na última semana, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, informaram que a vacinação deve ter início ainda em janeiro, para um público prioritário formado por profissionais de saúde que atuam na linha de frente da pandemia, idosos e indígenas. A data, no entanto, ainda não foi definida, e dependerá da logística prévia de distribuição dos imunizantes para centros de vacinação em todo o país, o que levará alguns dias, além do detalhamento sobre o público-alvo nesta primeira fase.
O governo dispõe, neste momento, de seis milhões de doses da
Coronavac, armazenadas no Instituto Butantan, em São Paulo. Outros dois milhões
de doses da vacina da AstraZeneca/Oxford, que podem ser importadas da Índia nos
próximos dias, terão a entrega atrasada, de acordo com o Ministério das
Relações Exteriores.