Defesa de Luís Felipe tenta provar suicídio de Tatiane
Advogada morreu no dia 22 de julho após cair do quarto andar do prédio onde morava, em Guarapuava.
Publicado: 14/12/2018, 11:19
Advogada morreu no dia 22 de julho após cair do quarto andar do prédio onde morava, em Guarapuava.
A segunda audiência de instrução e julgamento da apuração da morte da advogada Tatiane Spitzner aconteceu em Guarapuava, nessa quinta-feira (13), e durou pouco mais de 9 horas. Diferente da expectativa, Luís Felipe Manvailer, marido de Tatiane, não foi ouvido, diante de novas testemunhas e fatos novos. Foram ouvidas oito testemunhas, entre elas o pai e a irmã de Tatiane, Jorge e Luana Spitzner. Ao todo foram ouvidas 21 testemunhas e cinco dispensadas, das 50 arroladas.
Para a Banda B, o advogado do suspeito, Adriano Bretas, afirma que criticou na audiência o fato de o corpo de Tatiane ter saído e voltado do Instituto Médico Legal (IML) sem qualquer registro. “O corpo dela depois de ter sido devidamente periciado, como objeto de necropsia e liberado pelo IML, ele vai para a funerária e volta depois de uma hora e meia pro IML. Isso coloca em xeque toda a credibilidade, a checagem, a segurança jurídica da produção desses elementos periciais que foram feitos no corpo dela”, disse.
Além disso, a principal testemunha da defesa de Luis Felipe é uma pessoa que diz ter visto a cena de Tatiane na sacada do apartamento. “Há uma testemunha presencial, que viu Tatiane se precipitando sobre o parapeito da sacada, montando a cavalo na sacada, momentos antes dos fatos. Isso mostra que a hipótese de suicídio foi prematuramente descartada por parte da autoridade policial. Além disso, ela fazia uso de antidepressivos”, descreveu.
Entretanto, testemunhas ouvidas garantem que a vítima não fazia uso de medicamentos antidepressivos. Entre os ouvidos, um médico ortopedista de Tatiane, que negou qualquer receita de substância do tipo. Outras testemunhas ouvidas – vizinhos do casal – disseram ter ouvido pedidos de socorro por parte de Tatiane e, logo depois, um barulho forte. Uma amiga dela afirma ter conversas com a amiga em que comprovam o relacionamento abusivo entre os dois.
A defesa acredita que o depoimento de Luis Felipe será feito após vencidas as etapas do processo na fase de instrução e diligências, como coletas de provas, de praxe em processos criminais.
Crime
A advogada morreu no dia 22 de julho após cair do quarto andar do prédio onde morava, em Guarapuava, na região Centro-Sul do Paraná. O marido dela, o professor de Biologia Luis Felipe Manvailer, está preso na Penitenciária Industrial da cidade, acusado de ter jogado a jovem da janela.