Vídeo pornô viraliza e professora denuncia fraude

Também circula a montagem de uma suposta mensagem da professora cobrando um ex-aluno por ter vazado o vídeo dos dois

A professora de uma escola estadual de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, Jane Gonçalves Rossini, de 38 anos, procurou a polícia para denunciar uma fraude que estaria destruindo sua vida. Ela afirma que foi vítima de uma fraude montada nas redes sociais para acabar com sua imagem. Um vídeo com cenas de sexo explícito de um casal se espalhou nas redes como se fosse a professora na cama com um ex-aluno. Em poucos dias, o vídeo viralizou junto com uma mensagem mostrando uma suposta conversa entre ela e o adolescente. Na conversa, segundo a professora montada de forma grosseira, Jane aparece questionando o aluno por ter divulgado o vídeo. Tudo mentira, diz ela.

“Alguém foi até um site com vídeos pornográficos, que até já identifiquei qual é, achou uma mulher parecida comigo em cenas de sexo, e postou no Whatsapp como se fosse eu. Essa pessoa ainda foi até o meu Facebook, pegou uma foto minha e fez uma montagem como se eu estivesse mandando uma mensagem para um ex-aluno cobrando por que ele divulgou o vídeo. Colocaram até a foto dele ao fundo. Tudo um absurdo. Não sou eu no vídeo, o corpo não é meu e nem escrevo daquele jeito”, contou a professora à Banda B.

Jane é professora de português e diz que jamais escreveria uma frase como essa, que viralizou nas redes, junto com o vídeo: “Oi (nome do ex-aluno) porque você postou aquele vídeo que nos fizemos sábado a noite sacanagem sua e ainda apostou em todas as redes sociais quis pagar de Pegador mas vai ter Consequências”, diz a mensagem de whats, atribuída à professora.

Jane conta que o ex-aluno que aparece nas montagens com ela também vem sofrendo com as piadas. “Ele foi meu aluno, é meu vizinho, mas não temos nenhum vínculo. Estão fazendo isso pra me prejudicar e ele também está sendo vítima”.

Suspeito

O caso está sendo investigado pela Delegacia de São José dos Pinhais em parceria com o Núcleo de Combate aos Cibercrimes da Polícia Civil do Paraná. De acordo com o delegado-chefe de SJP, Amadeu Trevisan, já há um suspeito de ter espalhado as mensagens.

“Estamos investigando e já localizamos uma pessoa que postou a conversa falsa da professora no Facebook. Queremos saber se ele criou ou se recebeu de alguém. Vamos chegar até a origem desta fraude. A professora foi vítima de uma montagem e os responsáveis vão pagar por isso”, afirmou o delegado.

Segundo Trevisan, não há dúvidas de que não é a professora no vídeo postado e a mensagem atribuída à ela também seria falsa. “Algumas pessoas compartilham mensagens falsas sem saber se é verdade ou não. Espalham montagens, acabam com a vida da pessoa e acham que vão ficar impunes. Vamos descobrir quem deu origem a isso tudo e também quem espalhou essas mentiras”, disse Trevisan.

Informações Banda B.