Cooperativas da região faturam R$ 17 bilhões em 2023
Castrolanda apresentou faturamento bruto de R$ 6,7 bilhões, enquanto a Frísia R$ 6,45 bilhões e a Capal R$ 3,9 bilhões
Publicado: 08/03/2024, 16:28
As três principais cooperativas dos Campos Gerais faturaram em 2023 o equivalente a R$ 17 bilhões. A Castrolanda, em Castro, nos Campos Gerais, apresentou faturamento bruto de R$ 6,7 bilhões, enquanto a Frísia, em Carambeí, R$ 6,45 bilhões, e a Capal, em Arapoti, R$ 3,9 bilhões. Os valores foram apresentados pelas cooperativas aos seus cooperados através das assembleias gerais ordinárias, realizadas entre os meses de fevereiro e início de março.
O faturamento bruto da Castrolanda é 7,4% inferior aos R$ 7,2 bilhões registrados em 2022. Ele foi impactado principalmente pela queda dos preços das commodities e insumos agrícolas e pela venda da Unidade Industrial de Carnes (UIC), onde era produzida a marca Alegra, à catarinense Aurora Coop. A planta pertencia à Unium, marca da intercooperação integrada também pelas cooperativas da região, Frísia e Capal. A operação e administração da unidade estava sob a responsabilidade da Castrolanda.
O diretor-executivo da Castrolanda, Seung Lee, destaca a solidez da cooperativa frente aos desafios do mercado. “O mais importante é que a cooperativa se mantém financeiramente sólida frente às incertezas e inconstâncias do mercado. Mesmo diante das dificuldades, a Castrolanda seguiu agregando valor aos seus cooperados, reforçando sua segurança financeira para dar segurança e auxiliar no sucesso dos negócios dos produtores”, conta.
Outro dado divulgado pela Castrolanda foi a da produção leiteira, que atingiu a marca de 504 milhões de litros produzidos, um recorde para a empresa. O valor é 6,7% maior que o 472 milhões de litros de leite produzidos em 2022.
Outro recorde registrado pela empresa foi a produção de 708 mil toneladas de grãos. A safra foi 2,9% maior que as 687 mil toneladas de 2022. No setor de carnes foram produzidas 53,3 mil toneladas de carne suína; a produção de ração alcançou 588,5 mil toneladas nas unidades de Castro e Piraí do Sul. Foram ainda 24,3 mil toneladas de sementes industriais; 82,9 mil toneladas de batata consumo e outras 11,6 mil toneladas de batata semente.
FRÍSIA – A Frísia credita o resultado a produção de 1.084 cooperados em municípios dos estados do Paraná e do Tocantins. A cooperativa investe em marcas próprias e no sistema de intercooperação.
Para o presidente da Frísia, Renato Greidanus, a fidelidade dos cooperados é fundamental para o sucesso da cooperativa. “O ano de 2023 foi bem desafiador no que se refere à captação de recursos e comercialização de safra. E, mesmo assim, chegamos ao fim do ano com números para nos orgulharmos. Apesar das dificuldades, a fidelidade dos cooperados e a estrutura do cooperativismo fez a gente chegar a bons resultados”, fala.
Em 2023, a Frísia produziu 334,7 milhões de litros de leite, volume quase 7% maior que em 2022. As unidades operacionais do Paraná e do Tocantins receberam, juntas, mais de um milhão de toneladas de grãos, sendo 818.066 toneladas no Paraná e 186.143 toneladas no Tocantins.
CAPAL – A Capal registrou sobra líquida de R$ 107,6 milhões no ano passado e a cooperativa tem um desafio para 2028: alcançar R$ 7 bilhões no faturamento e resultado de R$ 280 milhões. A cooperativa destaca que, em 2023, mesmo o valor pouco competitivo das commodities e a acomodação dos preços dos insumos agrícolas, o planejamento de expansão foi seguido, com investimentos de R$ 138,8 milhões em 14 unidades de negócio, inclusive nos projetos de construção de duas novas filiais, em Avaré, interior paulista, e Santo Antônio da Platina.
A Capal está construindo um novo armazém de sementes e classificação de grãos e armazenagem em Arapoti, nos Campos Gerais, além de ampliar seis silos de armazenagem com capacidade de 2.400 toneladas e de armazém de insumos em Taquarivaí (SP), obras para oito novos silos de armazenagem em Wenceslau Braz e construção de armazém de sementes em Taquarituba (SP) com capacidade total de 116 mil sacas.
Para o presidente-executivo da Capal, Adilson Roberto Fuga, não é hora de paralisar as atividades por conta de um momento negativo. Para ele, o importante é sempre olhar para frente, e afirma que o histórico de desenvolvimento da Capal nos últimos anos corrobora com esta percepção.