Chácara pede auxílio para ‘reconstrução’ após cheia do rio Tibagi | aRede
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Chácara pede auxílio para ‘reconstrução’ após cheia do rio Tibagi

Local tem cinco casas e chalés, colocados para locação, que foram completamente tomados pela água - de três imóveis, a perda foi quase total. Empresário busca auxílio para a recomeçar

Água subiu e alagou completamente três casas - duas ficaram parcialmente alagadas
Água subiu e alagou completamente três casas - duas ficaram parcialmente alagadas -

Fernando Rogala

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O alto volume de chuvas nas últimas semanas trouxe incontáveis prejuízos a dezenas de milhares de famílias de toda a região dos Campos Gerais. Entre os afetados está o empresário Lucio Ricardo Pfeiffer: ele, que é dono da Chácara Potreiro das Éguas, onde há casas e chalés para locação, às margens do Rio Tibagi, entre Teixeira Soares e Ponta Grossa, viu cinco casas suas serem cobertas pela água, resultando em perdas praticamente totais em algumas delas. Como a água ainda não baixou o suficiente, ele sequer sabe se duas casas de madeira continuam em pé e se poderão continuar a receber hóspedes. Por isso, ele pede qualquer tipo de auxílio, para conseguir se reerguer.

Lucio informa que está na região, que tem acesso pela Estrada do Kalinoski, há 22 anos, desde 2001, que já houve quatro cheias do rio no período, mas que nenhuma chegou perto do que foi essa, a ponto de deixar cinco casas debaixo d’água – de uma delas, nada ficou à vista; de outras duas, a água chegou ao telhado. Segundo ele, vizinhos que moram há mais tempo também relataram que nunca tinham visto nada do tipo. Com a casa que ele mora alagada, ele está abrigado em uma chácara vizinha, em um lugar mais alto.

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  • Água subiu e alagou completamente três casas - duas ficaram parcialmente alagadas
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Tudo o que ele tinha até antes da enchente foi construído com suor, lembra o empresário. “Eu moro na chácara. Fiz um recanto no Rio Tibagi, que passa pela chácara, onde o pessoal vai para pescar, para fazer acampamento. Então ao longo desses 22 anos, fui construindo uma casinha, consegui juntar mais dinheiro, fiz outra casinha, e hoje o que tenho são cinco casas que alugo para passar fim de semana. E todas essas cinco foram cobertas pela água”, explica. “Não é fácil, em 20 anos, construir uma coisa e ver parte dela indo embora. É muito triste”, lamenta o empresário.

Das duas casas que a água chegou pela metade, foi possível salvar bastante coisa, entre móveis e eletrodomésticos. “Mas das outras três, tudo ficou embaixo d’água. Não consegui calcular os prejuízos ainda, porque tem que esperar a água baixar, o que vai mais uns cinco ou seis dias. Dessas 3, a de material vai ficar lá, mas tem duas de madeira que talvez – e Deus queira que não – a água tenha derrubado”, diz.

Diante do alto volume de perdas, o empresário está buscando doações de móveis e itens domésticos, e também auxílio em dinheiro, por meio do Pix. Ele almeja alcançar, pelo menos, de R$ 25 a R$ 30 mil para esse recomeço. “Tudo vai ter que ser pintado. E tem o pessoal que trabalha comigo, que está sem receber – eu não estou ganhando e não tenho reservas. E precisamos de móveis, com certeza, principalmente camas e colchões, que vamos precisar também”, reforça Lucio.

Problemas logísticos

Quem mora nas proximidades da chácara Potreiro das Éguas também enfrenta grandes problemas logísticos, relata Lucio. De acordo com ele, o acesso pela Estrada do Kalinoski segue interditado, devido ao alto nível do rio, que inviabiliza o trânsito pelo local. Por esse motivo, o único acesso possível é feito pelo Distrito de Guaragi, mas com o aumento do fluxo de veículos, a estrada ficou deteriorada, e agora o fluxo de veículos também está impraticável. “Essa estrada também está há quatro ou cinco dias sem poder passar. Graças a Deus ninguém precisou de assistência médica. A prefeitura está arrumando, mas até agora, segue interditada”, completa.

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