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PIB da região dobra desde 2010 e passa dos R$ 150 bi

Valor registrado em 2010 juntos aos 19 municípios, de R$ 14,78 bilhões, saltou para os R$ 29,60 bilhões em 2016

A professora doutora Augusta Pelinski Raiher participou de entrevista 
ao vivo, na tarde desta quarta-feira, ao Portal aRede
A professora doutora Augusta Pelinski Raiher participou de entrevista ao vivo, na tarde desta quarta-feira, ao Portal aRede -

Fernando Rogala

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Valor registrado em 2010 juntos aos 19 municípios, de R$ 14,78 bilhões, saltou para os R$ 29,60 bilhões em 2016

Entre os anos de 2010 e 2016, a região dos Campos Gerais ampliou a sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná. Mesmo representando 19 municípios, o que corresponde a menos de 5% dos 399 existentes no Estado, a participação é de 7,4% na economia paranaense. A elevação nesse indicador em âmbito estadual foi de 12,12%, já que, em 2010, essa participação era de 6,6%. As informações são do primeiro boletim divulgado pelo Núcleo de Economia Regional e Políticas Públicas da Universidade Estadual de Ponta Grossa, assinado pela professora Augusta Pelinski Raiher, doutora em economia. Somados os valores de todos os municípios desde 2010, em sete anos o PIB atingiu R$ 154,54 bilhões. 

Em valores nominais e reais, o maior valor obtido na região foi em 2016: R$ 29,60 bilhões. O montante é, ainda em números nominais, exatamente 100% superior aos R$ 14,78 bilhões somados em 2010. Mesmo considerada a inflação no período, houve um crescimento real de 27%. Como destacou a autora do estudo, que participou de uma entrevista ao vivo, na tarde desta quarta-feira no Portal aRede, o destaque é que em nenhum desses sete anos analisados a economia regional caiu: ela até desacelerou, registrando um crescimento real na casa de 1% em 2014 e 2015, mas não teve retração, como ocorreu com o Brasil ou o Paraná. Tanto que entre 2013 e 2016, os municípios dos Campos Gerais elevaram sua geração de riqueza em termos reais, em mais de R$ 882 milhões, enquanto que o Paraná diminuiu o PIB em mais de R$ 10 bilhões.

Augusta revela que a partir de 2010, várias políticas beneficiaram os Campos Gerais, que contribuíram para que o impacto da crise fosse menor na região. “E o principal foi o foco na industrialização. Dinamizá-la aqui foi muito importante, tanto que a participação da indústria no PIB dos Campos Gerais cresceu a partir de 2013. O setor de serviços tem peso grande, de mais de 40%, mas a indústria ganhou participação, estamos quase chegando a 40%”, destaca. O estudo mostra que em 2010, a indústria tinha participação de 36,5%, e passou para 37,8% em 2016, enquanto que os serviços tiveram queda de 47,2% para 45,4%. Já a agropecuária, que também se destacou e cresceu no período, tem um percentual de 16,9 (em 2010 era 16,4%).

Entre os investimentos mencionados, através do Programa Paraná Competitivo, estão o da Klabin em Ortigueira, que aplicou mais de R$ 8 bilhões em uma fábrica de celulose, e os em Ponta Grossa, como da implantação da Ambev, de R$ 850 milhões, e da DAF, de US$ 200 milhões (quase R$ 800 milhões); além das ampliações da Heineken (R$ 400 milhões) e da Tetra Pak (R$ 200 milhões). Ela explicou que outros diversos municípios também receberam aportes do Programa, que trouxeram um desenvolvimento regional. “As empresas satélites, muitas vezes, podem se instalar em cidades vizinhas e dali fornecem os bens para a empresa motriz. Por isso, a industrialização em alguns municípios não beneficia apenas esses, mas toda a região”, destaca.

Instalação da Klabin alavanca economia de Ortigueira 

O maior exemplo de prosperidade na região dos Campos Gerais nesses últimos anos com a industrialização foi Ortigueira. A cidade recebeu o aporte da Klabin, de mais de R$ 8 bilhões para a construção da Unidade Puma, o maior investimento privado da história do Paraná. Junto com ela, houve a atração de empresas satélites, como a da Air Liquide, por exemplo. O reflexo foi eminente: o PIB do município, que era de R$ 247,6 milhões em 2010, passou para R$ 1,21 bilhão em 2016, ou seja, um incremento de quase R$ 1 bilhão, aumentando em quase quatro vezes. Em números reais, a alta foi de 212%, ou seja, mais que triplicou. E o detalhe é que a produção iniciou em março de 2016, não pegando um ano ‘cheio’.

“Ortigueira, dentro do Paraná Competitivo, foi especificada para ter o processo de desenvolvimento econômico fomentado. Imagine um município que, em 2012, teve um PIB de R$ 300 milhões, recebe, a partir de 2013, R$ 8 bilhões: quantos PIB’s seriam necessários para compor esse investimento. Tínhamos pouco mais de duas mil vagas de emprego em 2012, e em 2015, 2016, estávamos com mais de 8 mil”, reforça Augusta, lembrando que o índice de desenvolvimento Ipardes passou de 0,56 para 0,68.

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