Mais foco, menos fadiga: como o treino transforma a rotina de trabalho

A prática regular de atividade física não entrega apenas estética: ela melhora energia ao longo do expediente, aumenta a capacidade de foco e contribui para noites de sono mais reparadoras, fatores diretamente ligados à performance no trabalho. Evidências atuais apontam ganhos em saúde mental e “brain health”, com redução de sintomas de ansiedade e depressão e melhora do bem-estar geral.

As diretrizes internacionais indicam que adultos devem acumular pelo menos 150 minutos semanais de atividade moderada (ou 75 minutos vigorosa), além de dois dias de fortalecimento muscular. Esses volumes já se associam a benefícios substanciais de saúde, físicos e cognitivos.

Para Anderson Moares, sócio da Academia Seven7Play, o treino precisa ser visto como ferramenta de vida, não só de estética. “A gente ouve que ‘falta tempo’ para treinar. A experiência diária mostra o contrário: quem treina ganha tempo, rende mais, decide melhor e chega no fim do dia com energia sobrando.”

Em ambiente corporativo, colaboradores fisicamente ativos tendem a faltar menos: análises do Johns Hopkins/CDC indicam que quem realiza ≥75 minutos/semana de atividade vigorosa perde, em média, 4,1 dias a menos de trabalho por ano por motivo de doença, além de apresentar maior produtividade e menores custos de saúde.

Revisões recentes mostram melhora de memória, atenção e funções executivas em pessoas que se exercitam regularmente; pesquisas também observam “efeitos no dia seguinte” sobre desempenho em tarefas e criatividade. Mecanismos incluem modulação de neurotransmissores como dopamina e serotonina e redução de cortisol.

Sono reparador

Meta-análises indicam que atividade física regular melhora a qualidade do sono e reduz sintomas de distúrbios relacionados — peça-chave para chegar ao trabalho com energia e clareza mental.

O que muda na rotina (na prática):

·        Mais energia no expediente: condicionamento e melhor oxigenação reduzem a sensação de cansaço.

·        Foco e atenção mais estáveis: ajuste de neurotransmissores e queda do estresse favorecem tarefas cognitivas.

·        Menos dores e fadiga: força e mobilidade melhoram postura, reduzindo desconfortos de longas horas sentado.

·        Sono de qualidade: maior proporção de sono profundo e latência menor para adormecer.

A incorporação do exercício físico à rotina profissional é, portanto, uma decisão estratégica de saúde e desempenho — não um luxo ou um gasto de tempo. “Quando o corpo está em movimento, a mente acompanha: o raciocínio se torna mais ágil, as decisões mais assertivas e o humor mais equilibrado. Ao transformar o treino em hábito, o profissional não somente cuida do físico, mas investe em clareza mental, produtividade e qualidade de vida. No fim, a diferença entre chegar exausto ou pleno ao final do dia pode estar justamente na hora dedicada ao próprio corpo”, conclui Moraes.

Com informações das Assessorias.