Teatro leva expressão e inclusão a escolas públicas

O projeto “Teatro na Escola: Expressão e Inclusão” está circulando por 11 escolas públicas e periféricas de Ponta Grossa, levando oficinas de teatro gratuitas para estudantes. A iniciativa é conduzida pelo ator, produtor e diretor teatral Gabriel Vernek e tem produção do Atteliê Criativo – Criação e Pesquisa em Arte, com aprovação no edital Multiartes, da Secretaria de Estado da Cultura.

Segundo Gabriel, a proposta nasceu do desejo de devolver às escolas públicas, onde também estudou, a oportunidade de acesso à cultura e às artes. “O teatro transforma a realidade social desses jovens que estão em formação de caráter e cidadania. Trabalhamos expressão corporal, vocal, autoconhecimento, relação coletiva e sensibilidade. É um espaço para eles descobrirem suas potencialidades”, destaca.

As atividades envolvem exercícios práticos, improvisação e dinâmicas em grupo, com foco na escuta, na criatividade e no trabalho coletivo. Para Gabriel, o impacto é perceptível: “Fomos a escolas mais afastadas, como em Itaiacoca, onde o contato com a arte é escassa. Ver o brilho nos olhos e a entrega dos estudantes não tem preço. Esse contato fica marcado e transforma trajetórias”.

A bibliotecária Deise Machado, do Colégio Meneleu de Almeida Torres, reforça a importância da iniciativa: “É sempre uma alegria receber artistas. A arte liberta, salva e cura. Ela revela talentos, trabalha emoções e concentração. Já tivemos vários alunos que hoje são artistas atuantes na cidade porque foram incentivados por projetos como este”.

Para os jovens, a experiência tem sido igualmente enriquecedora. Kethlyn Kiel Ferreira, 13 anos, estudante do 8º ano, contou que sempre se interessou por arte e dança, mas a oficina ampliou sua visão: “Acho muito legal porque ajuda as pessoas a se socializarem e ficarem mais felizes. Eu sempre gostei de teatro e quero aprender mais”.

Com oficinas que unem formação artística e inclusão social, o projeto abre portas para que os estudantes se reconheçam como protagonistas de suas histórias e enxerguem a arte como ferramenta de transformação.