Museu de Arqueologia preserva história da humanidade em PG

O Museu de Arqueologia de Ponta Grossa, fundado há 24 anos pelo professor e artista Moacir Elias Santos, guarda um acervo único que atravessa séculos de história da humanidade. Criado como ferramenta didática para professores e estudantes, o espaço hoje recebe visitantes de toda a região.

“Nosso museu surgiu para complementar as aulas de História, oferecendo uma experiência concreta sobre culturas antigas”, explica Moacir. “Com o tempo, ele se transformou em um ponto de referência para quem busca aprender mais sobre a evolução da humanidade.”

Atualmente, o museu conta com cerca de 4 mil peças em sua coleção, sendo 650 em exposição. São réplicas produzidas em escala original, que retratam desde a evolução humana até as grandes civilizações antigas. “Temos objetos que representam a Mesopotâmia, a Grécia, Roma, as culturas pré-colombianas das Américas e, claro, o Egito antigo, que sempre chama muita atenção do público”, comenta o professor.

As peças são produzidas artesanalmente pelo próprio Moacir, que há 35 anos se dedica à reprodução fiel de objetos históricos. “Usamos gesso, resina, madeira, pedra e diferentes materiais para aproximar o visitante da realidade que encontraria nos grandes museus do mundo. Muitas vezes, o aluno que nos visita jamais teria a oportunidade de viajar e ver as peças originais”, destaca.

Experiência para todas as idades

O museu é dividido em salas temáticas. A primeira apresenta o cotidiano egípcio, abordando agricultura, produção de alimentos e a vida em sociedade. Já a segunda mergulha nos mistérios da religião e da vida após a morte, com destaque para o processo de mumificação. O professor conta que as múmias chamam a atenção das crianças. “Eles querem entender como funcionava a vida após a morte e como os egípcios preservavam seus corpos”, conta Moacir.

Outra ala é dedicada às culturas pré-colombianas, como maias, incas, astecas e nascas, com destaque para a cerâmica, que retrata mitos, rituais e crenças dessas sociedades. Além do público em geral, o museu recebe diversas escolas em visitas guiadas.

O atendimento é feito pelo próprio professor, que conduz a mediação e explica cada detalhe do acervo. “O museu é uma realização pessoal e profissional. Para mim, é uma forma de contribuir com a educação e a cultura da nossa cidade”, afirma Moacir. “É gratificante ver o brilho nos olhos dos estudantes quando descobrem que a história pode ser vivida de forma tão próxima.”

O Museu de Arqueologia funciona diariamente das 10h às 12h e das 14h às 17h. As visitas individuais não precisam de agendamento, mas escolas e grupos maiores devem marcar horário. O valor da entrada é R$20 a inteira e R$10 a meia.