Aspectos indígenas propiciam amplas atividades em Piraí do Sul

A turma multisseriada, contando com alunos do 1º ao 4º ano da Escola Rural Municipal Dom Joao III, em Piraí do Sul, da professora Antonia Márcia da Silva Almeida, desenvolveu atividade sobre a história e a cultura indígena durante o mês de abril. Segundo a docente, o objetivo foi de conhecer e aproximar desse tema, promovendo resgate de suas próprias origens.

“Procuramos, enquanto escola, sensibilizar não somente os educandos, mas também a comunidade escolar, da influência e da importância que a cultura indígena teve ao longo dos tempos em diversos setores de nossa sociedade. Neste projeto, buscamos as contribuições dadas por esses povos a nossa língua, culinária, costumes e brincadeiras, que formaram assim a identidade do nosso país”, aponta a educadora.

Para iniciar, Antonia levou palavras de uso comum, do dia a dia, para os alunos, que buscaram significado e origem de acordo com cada povo indígena, despertando curiosidade e ‘caça’ autônoma por mais informações. Na sequência, houve a apresentação de brincadeiras indígenas, que fizeram parte da infância dos pais e avôs da turma.

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“A brincadeira que mais chamou atenção dos alunos foi a peteca. Foi proposto que os pais ou avós ajudassem em casa na confecção de uma peteca e contassem como eram as brincadeiras no tempo em que eram crianças. Na escola, os alunos trouxeram as petecas e explicaram para os demais como os pais ou avós brincavam, como era, quem ensinou, etc. Essa parte do projeto resultou em uma exposição de trabalhos”, elenca a professora.

Fechando, houve a apresentação aos alunos de pratos de origem indígenas, “o principal deles feito com o mais brasileiro dos alimentos, a mandioca”, conforme complementa a educadora. Ainda, o trabalho teve pesquisas sobre este tubérculo, curiosidades, juntando-se com familiares para buscar como era feito o polvilho de mandioca, levando para a escola receitas de bolinho de polvilho – feito tudo desde o processo de colher o alimento, ralar, passar na peneira, secar e chegar na extração do elemento proposto para fazer o bolinho.

“Houve muito entrosamento da turma e da comunidade escolar. Os educandos despertaram muita curiosidade com o tema, pesquisaram e trouxeram para a sala de aula os resultados. A realização desse projeto proporcionou aos educandos um contato com a sua ancestralidade, desenvolvendo laços com suas raízes”, conclui Antonia.

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