PG tem uma das mais altas médias de pessoas ocupadas do Brasil
Levantamento aponta que a média de pessoas desocupadas na cidade é de apenas 4,3%. No Brasil, essa média está na casa dos 5,8%
Publicado: 13/10/2025, 15:13

Ponta Grossa tem um dos maiores percentuais de pessoas empregadas no país. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), relativos ao 2º trimestre de 2025, mostram que a taxa de desocupação da população de Ponta Grossa é de apenas 4,3%, diante de uma média nacional na casa de 5,8%. Em âmbito estadual, o Paraná está com uma das menores taxas de desocupação da sua história, com 3,8%, a sexta menor do Brasil.
O recorte dos municípios com mais de 100 mil habitantes realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tem como base os resultados do Censo 2022 e não leva em conta a estimativa populacional mais recente, de agosto deste ano, que aponta 24 cidades paranaenses com população superior a 100 mil pessoas. Os dados foram tabulados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).
Conforme o levantamento, dos 22 municípios paranaenses com mais de 100 mil habitantes, 19 estão com taxa de desocupação abaixo dos 5%. Apucarana, no Vale do Ivaí, tem a menor taxa de desocupação do Paraná dentre os municípios com mais de 100 mil habitantes, com apenas 2,6%. Com uma população de 130,1 mil pessoas e uma força de trabalho de 69,7 mil, apenas 1,8 mil estão sem trabalho.
O município de Toledo, no Oeste, aparece em seguida, com 2,7% das 85,9 mil pessoas na força de trabalho desocupadas, dentre uma população residente de 150,4 mil. A vizinha Cascavel, com quase 350 mil moradores, também figura entre aquelas com taxa de desemprego abaixo dos 3%, com 2,9%. São 5,5 mil habitantes que estão sem trabalho e que integram um contingente de 193 mil pessoas na força de trabalho.
A pesquisa do IBGE mostra, ainda, que o mercado de trabalho está aquecido em todos os cantos do Estado. Na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), Pinhais tem taxa de desocupação de 3,8%, seguida pela Capital (3,9%), Colombo (4,1%), Almirante Tamandaré (4,2%), São José dos Pinhais (4,6%), Fazenda Rio Grande (4,7%), Piraquara (4,9%), Campo Largo (5,1%) e Araucária (5,3%).
No Noroeste, as três cidades com mais de 100 mil pessoas registraram bons índices: Maringá (3%), Sarandi (3,3%) e Umuarama (3,7%). Na região Norte, Londrina (3,7%), Arapongas (3,9%) e Cambé (4,3%); no Oeste com Foz do Iguaçu (4,1%); e no Centro-Sul com Guarapuava (3,6%), tiveram todos uma baixa taxa de desocupação. Paranaguá, no Litoral, tem desocupação de 7,3%.
POPULAÇÕES SEMELHANTES – O bom cenário dos municípios paranaenses é comprovado quando comparado com outras cidades brasileiras com populações semelhantes. É o caso de Londrina, segunda maior cidade do Paraná, com 555 mil habitantes e taxa de 3,7%. Juiz de Fora (MG), com 540 mil moradores, tem uma taxa de desocupação de 5,3%.
Maringá, com 409 mil habitantes e taxa de 3%, contrasta com a realidade de Betim (MG), que com 411 mil moradores acumula 6% de sua força de trabalho desocupada. Anápolis (GO), com 398 mil pessoas, tem 4% de taxa de desocupação.
Ponta Grossa, com 358 mil moradores e 4,3% de desocupação, tem índice melhor do que Caucaia (CE), com 355 mil habitantes e 6% de desempregados, e de Cariacica (ES), com 5,7% de seus habitantes sem ocupação. A população do município capixaba é de 353 mil pessoas.
Cascavel é outro município paranaense bem ranqueado entre aqueles na mesma faixa de população. Com 348 mil moradores e taxa de 2,9%, contrasta com Praia Grande (SP), com 349 mil pessoas e 6,4% de desocupados, e Canoas (RS), com 347 mil habitantes e 5,1% sem ocupação.
São José dos Pinhais, Ribeirão das Neves (MG) e São Vicente (SP) têm populações muito semelhantes, na casa dos 329 mil habitantes. Entretanto, a cidade paranaense possui uma taxa de desocupação de 4,6%, enquanto que o município mineiro registra quase o dobro, com 8,4%, e o paulista tem 7,1%.
ESTADOS E CAPITAIS – O Paraná registrou no segundo trimestre deste ano 3,8% de taxa de desocupação, um recuo de 0,2% em relação aos 4% registrados no trimestre imediatamente anterior. Apenas Santa Catarina (2,2%), Rondônia (2,3%), Mato Grosso (2,8%), Mato Grosso do Sul (2,9%) e Espírito Santo (3,1%) aparecem à frente do Estado.
A taxa do 2º trimestre de 2025 é a terceira melhor da série histórica, atrás apenas do 4º trimestre de 2024, com 3,2%; do 4º trimestre de 2014, com 3,7%; e empatado com o 4º trimestre de 2013, com os mesmos 3,8%. Entretanto, quando feito o recorte apenas de 2º trimestres, trata-se do melhor da história, desbancando o de 2014, com 4,2%.
Entre as capitais, Curitiba ficou na 7ª posição, atrás de Palmas (3%), Goiânia (3,3%), Florianópolis (3,4%), Vitória (3,5%), Cuiabá (3,6%) e Porto Velho (3,8%). Brasília (8,7%), São Luís (8,9%) e Manaus (9,4%) aparecem na outra ponta da tabela, com as maiores taxas de desocupação.
VAGAS DE EMPREGO – O Estado inicia a terceira semana de outubro com 25.731 vagas de emprego disponíveis nas Agências do Trabalhador e postos avançados da Rede Sine. As funções com maior número de oportunidades continuam sendo alimentador de linha de produção (7.085), abatedor (1.078), operador de caixa (990) e magarefe – cortador de carne (847), distribuídas em todas as regiões.
Entre os destaques regionais, Cascavel segue na liderança em quantidade de ofertas, com 6.684; Regional de Curitiba, com 5.207 oportunidades; Campo Mourão, com 2.884 oportunidades; Londrina, com 2.624; e Foz do Iguaçu, com 2.345 vagas. Outras regionais também apresentam bons resultados: Pato Branco (1.523 vagas), Maringá (1.210), Umuarama (1.007), Paranaguá (655), Guarapuava (735), Ponta Grossa (580) e Jacarezinho (277).
Com informações da AEN