Volume de água no Lago de Olarias será reduzido durante o período de limpeza
Secamento da área é temporário; projeto faz parte de manutenção a longo prazo para otimizar efetividade do lago
Publicado: 04/10/2025, 12:33

A Prefeitura Municipal de Ponta Grossa, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, a Secretaria de Infraestrutura e Planejamento e o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Ponta Grossa (Iplan), iniciou o processo de sondagens do tipo SPT, que utiliza o método de investigação geotécnica para identificar condições do solo, para realizar as obras de desassoreamento do lago, previstas para fevereiro de 2026.
Devido ao procedimento, foi necessário o rebaixamento do nível de água do local. Na última quarta-feira (1º), durante coletiva de imprensa, Rafael Mansani, presidente do Iplan, indicou que seria possível que a população se deparasse com o lago seco, neste período de estudo para o desassoreamento.
Neste sábado (4), quem passava pelo Lago de Olarias percebeu que o local já está seco. Por conta do rebaixamento de nível e secamento da área, materiais orgânicos entraram em decomposição e acabaram gerando um cheiro incômodo que, segundo Carla Kristki, secretária de Meio Ambiente de Ponta Grossa, é algo natural do processo e será temporário.
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Ainda na coletiva de imprensa para tirar dúvidas sobre o trabalho que ocorrerá no Lago de Olarias, Carla destacou que na primeira etapa do projeto seria necessário o rebaixamento do nível de água do local. “Isto é necessário para entendermos onde e como proceder com as obras que serão feitas em fevereiro. Por esta razão, viemos a público para informar que o nível de água será rebaixado para a realização do estudo, mas, posteriormente, ele retornará ao nível normal”.
MANUTENÇÃO - Para a secretária, o projeto tem como fator de força a economia na manutenção do local. "É mais econômico trabalharmos com manutenção e prevenção do que com conserto de estragos que poderiam vir a acontecer, como alagamentos. Por isso, esse planejamento antecipado é tão importante", diz. A gestora responsável pelo departamento de Meio Ambiente de Ponta Grossa ainda reforçou que a obra se compromete com a proteção da fauna e flora da região.
Luiz Henrique Honesko, secretário de Infraestrutura e Planejamento da cidade, conta que o projeto é resultado de uma pesquisa feita pensando na efetividade do lago a longo prazo. "Fizemos um levantamento que apontou que o lago está com um volume de solo depositado em aproximadamente 70 mil m², e isto inviabilizava outras obras. Este projeto foi licenciado pelo Instituto Água e Terra (IAT) e, a partir da semana que vem, faremos a sondagem no solo, que vai nos indicar qual a solução correta do desassoreamento. Neste primeiro momento, será um rebaixo parcial de água. O próximo passo é construir um 'caminho' para os caminhões, equipamentos pesados e os colaboradores trabalharem na obra", afirma.
LAGO DE OLARIAS - Para justificar a obra, Rafael Mansani, presidente do Iplan, explica que o lago é uma bacia de contenção que evita enchentes, e seu nível é flutuante a depender das chuvas e de seu descarregamento. "Juntamente com a água que ele recolhe, ele vai, com o tempo, sedimentando, e isto é o assoreamento. Por isso, é preciso de um planejamento em que, a cada período, você possa perceber que o nível de água deixa de ser efetivo. Os 70 mil m² de sedimento significam que não tem mais como entrar este volume de água no lago. Por isso, o nosso planejamento é a longo prazo, e visamos, neste momento, a recuperação da efetividade do Lago 1".