Ponta-grossense de 10 anos é finalista em festival de poesia | aRede
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Ponta-grossense de 10 anos é finalista em festival de poesia

Alice Pupo Brenner é a única parananense a concorrer na categoria infantil

Alice Pupo Brenner e os pais, Michele Pupo e Thomas Brenner
Alice Pupo Brenner e os pais, Michele Pupo e Thomas Brenner -

João Victor

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A jovem ponta-grossense Alice Pupo Brenner, de apenas 10 anos, foi uma das cinco crianças classificadas na categoria infantil da 19ª edição do FESTIPOEMA – Festival de Poemas de Pindamonhangaba, promovido pela Secretaria de Cultura e Turismo da Prefeitura de Pindamonhangaba (SP), em parceria com a Academia Pindamonhangabense de Letras (APL). O anúncio foi feito no fim do mês passado.

O festival contou com quatro categorias: infantil (menores de 12 anos), juvenil (de 12 a 17 anos), adulto (maiores de 18 anos) e acadêmico do Vale (categoria livre). Algumas categorias preveem prêmios em dinheiro que podem ultrapassar R$ 600. O resultado final dos classificados, que receberão o Troféu Bertha Celeste Homem de Mello, será divulgado no dia 18 deste mês.

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Filha de pais escritores, Alice já vinha se aventurando na escrita de versos. A mãe, Michele Pupo, contou que a família acompanha concursos e editais literários com frequência. “Seguimos páginas e blogs que divulgam esses editais. Como a Alice já vinha escrevendo seus versos, achamos que seria uma oportunidade especial para ela compartilhar sua voz”, disse Michele.

Ao descobrir que a filha seguiria os passos dos pais, a família destacou a importância da convivência com a arte desde a infância. “Alice sempre esteve muito próxima dos livros — desde pequena cultivamos o hábito da leitura em família. Também procuramos aproximá-la de várias formas de arte: museus, teatro, música, cinema. Sempre explicamos nossas próprias interpretações e a incentivamos a elaborar as dela. Além disso, desde cedo encorajamos que criasse livremente — fosse desenhando, inventando histórias ou compondo canções. A escrita acabou surgindo de modo natural. Nosso incentivo nunca foi no sentido de cobrança, mas de presença: estar junto, ler junto, ouvir com atenção e respeitar o tempo dela”, contou Michele.

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Única criança do Paraná classificada no festival, Alice descreveu sua emoção ao receber a notícia: “Eu fiquei muito feliz, animada e também ansiosa. Foi uma surpresa boa demais”, disse a pequena escritora.

Segundo dados do Ministério da Educação, apenas 56% das crianças das redes públicas brasileiras atingiram, em 2023, o nível de alfabetização esperado para o 2º ano do ensino fundamental, conforme critérios do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).

Michele defende que a literatura vá além do desempenho escolar: “A leitura e a escrita ampliam o vocabulário, fortalecem a imaginação e dão confiança para criar. Crianças que convivem com livros tendem a desenvolver mais empatia, autonomia e capacidade de compreender o mundo. Mas, parafraseando Leminski, não queremos reduzir a literatura a um utensílio. Mais do que potencializar habilidades acadêmicas, ela abre portas para pensar e sentir a vida — uma forma de dar amparo simbólico às nossas experiências”.

A participação no Festipoema pode ser apenas o começo. Segundo Michele, Alice deve continuar escrevendo e se inscrevendo em outros concursos. “A Alice está animada, e nós também. Mas, acima de tudo, queremos que ela continue escrevendo por prazer. Se surgirem novos concursos, podem ser oportunidades bonitas de partilhar o que ela cria. O essencial, porém, é que a escrita permaneça um espaço de liberdade e descoberta”, afirmou a mãe.

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Michele Pupo é formada em Letras pela UEPG e já publicou três livros: Meus devaneios (poesia), Vastas emoções, vagas promessas (prosa poética) e Cartas para M: o homem que não sabia sorrir (prosa). Ela é casada com Thomas Brenner, também escritor, autor de dois livros de poesia: Desaforos, aforismos & outros foras (2014) e Ressurreição (2021).

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