Justiça determina reversão de justa causa a ex-funcionário da Casas Bahia em PG
Caso é referente a possíveis fraudes realizadas na empresa do varejo; apesar da decisão inicial, empresa ainda pode entrar com recurso
Publicado: 29/07/2025, 16:57

Ex-funcionário das lojas Casas Bahia tem processo de demissão por justa causa revertido pela Justiça do Trabalho de Ponta Grossa ao averiguar que a ação foi feita injustamente. A situação é referente a investigação sobre fraudes em campanha de vendas na loja, em que supostamente os funcionários realizavam a venda com o pagamento do cliente, cancelavam o processo, e fraudavam novas compras com objetivo de pontuar no sistema para bater a meta da campanha.
Em entrevista para o Portal aRede, o advogado Dr. Jefferson Silva, que representa 16 dos 18 ex-funcionários acusados no processo, afirma que este é o primeiro a ter retorno da decisão pela 3ª Vara do Trabalho de Ponta Grossa, e que não há provas contra nenhum dos acusados. “No dia seguinte ao ocorrido, 16 deles vieram ao escritório com espanto, pois ninguém sabia o que havia acontecido. O documento indicava mau comportamento, e eles estavam muito chateados. Propusemos o processo de todos, e assim que começaram as audiências, tivemos o retorno desse cliente em específico, deixando comprovado que ele não tinha participação nenhuma no esquema”, afirma Jefferson.

Ainda segundo o advogado, o processo não promove a reintegração do trabalhador à empresa, sendo determinados direitos trabalhistas e, diante do cenário, o valor a ser pago pelas Casas Bahia com relação aos danos morais sofridos pelo empregado deve ser de R$ 10 mil reais, além de outras multas compensatórias. Além deste funcionário, cuja identidade será preservada, os outros quinze processos ainda serão revelados individualmente. Entretanto, a determinação não é final, com a possibilidade de recurso para as lojas Casas Bahia.
RELEMBRE O CASO - Relembre o caso de manipulação da campanha “Super Feras em Vendas”, em que 18 funcionários da Casas Bahia em Ponta Grossa foram indiciados por estelionato e associação criminosa com manipulação do status de pagamentos aqui. Continue acompanhando o caso com a redação da equipe aRede.