CEI da PGA denuncia deterioração de usina de R$ 15 milhões | aRede
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CEI da PGA denuncia deterioração de usina de R$ 15 milhões

Vereadores que investigam contrato entre a Prefeitura e a Ponta Grossa Ambiental realizaram vistoria na usina termoelétrica a biogás, nesta sexta-feira (11)

Usina termoelétrica a biogás se localiza na região do Distrito Industrial
Usina termoelétrica a biogás se localiza na região do Distrito Industrial -

Kadu Mendes

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Os vereadores que integram a Comissão Especial de Investigação (CEI) da PGA realizaram uma vistoria na Usina Termoelétrica a Biogás para Reciclagem de Resíduos Orgânicos, instalada em Ponta Grossa. A estrutura, que custou cerca de R$ 15 milhões aos cofres públicos, conforme planilha obtida pela CEI, tem como finalidade a reciclagem de resíduos orgânicos com geração de energia elétrica. Segundo o presidente da CEI, vereador Professor Careca (PV), a usina não está em funcionamento, nem mesmo de forma parcial.

A CEI investiga o contrato nº 189/2008 e o 36º aditivo firmado entre a Prefeitura Municipal e a empresa Ponta Grossa Ambiental (PGA), responsável pela coleta de lixo na cidade. 

Durante a visita, os parlamentares constataram a ausência de operação no local. “Tinha lugares que a gente foi lá que estava cheio de teia de aranha”, afirmou Careca, destacando que a vistoria faz parte do processo investigativo da Comissão. “As máquinas estavam limpas, não tinha sujeira, e a geração de energia a partir de resíduos orgânicos costuma produzir sujeira. A gente visitou as máquinas, estavam todas lá, mas, infelizmente, havia pouquíssimo material orgânico”, acrescentou.

De acordo com o vereador, a estrutura da usina não está operando plenamente. “O que deu para ver é que a usina não está funcionando na sua totalidade, nem na parcialidade”, afirmou.

Careca relatou ainda que apenas três pessoas trabalhavam no local no momento da vistoria e que nenhuma delas conseguiu fornecer informações sobre a operação da usina. “A gente ficou estarrecido com isso, porque é dinheiro público. Deveria haver pessoas ali capacitadas para nos informar, inclusive servidores da Prefeitura, responsáveis pela fiscalização. Infelizmente, o que vimos não foi positivo”, declarou o parlamentar.

Ele também ressaltou a importância do papel fiscalizador da Câmara, especialmente em contratos de grande valor como o do 36º aditivo. “Somos fiscalizadores do dinheiro público. Esse aditivo envolve a usina, que custou cerca de R$ 15 milhões. Fomos em busca de informações, mas, infelizmente, não conseguimos obtê-las no local”, concluiu.

GALERIA DE FOTOS

  • Integrantes da Comissão Especial de Investigação da Câmara Municipal de Ponta Grossa, realizaram vistoria em usina termoelétrica a biogás -
    Integrantes da Comissão Especial de Investigação da Câmara Municipal de Ponta Grossa, realizaram vistoria em usina termoelétrica a biogás -
  • Integrantes da Comissão Especial de Investigação da Câmara Municipal de Ponta Grossa, realizaram vistoria em usina termoelétrica a biogás -
    Integrantes da Comissão Especial de Investigação da Câmara Municipal de Ponta Grossa, realizaram vistoria em usina termoelétrica a biogás -
  • Integrantes da Comissão Especial de Investigação da Câmara Municipal de Ponta Grossa, realizaram vistoria em usina termoelétrica a biogás -
    Integrantes da Comissão Especial de Investigação da Câmara Municipal de Ponta Grossa, realizaram vistoria em usina termoelétrica a biogás -
  • Integrantes da Comissão Especial de Investigação da Câmara Municipal de Ponta Grossa, realizaram vistoria em usina termoelétrica a biogás -
    Integrantes da Comissão Especial de Investigação da Câmara Municipal de Ponta Grossa, realizaram vistoria em usina termoelétrica a biogás -
  

A ex-secretária de Meio Ambiente de Ponta Grossa e voluntária técnica da CEI, Patrícia Tuma Hilgemberg, também participou da vistoria. Segundo ela, ao entrarem nos contêineres da operação do biogás, foi possível constatar que os equipamentos estavam fechados e desligados. “Eles não estavam operando. Pedimos que ligassem um dos equipamentos. Quando abriram, estava claro que estava parado havia semanas”, relatou.

Ela explicou ainda que houve dificuldade para acionar o equipamento. “A máquina levou praticamente 15 minutos para ligar. O operador teve dificuldades para fazê-la funcionar. E o outro contêiner, que deveria abrigar o segundo reator, também não funcionou”, afirmou.

Patrícia também apontou a ausência de mecanismos de controle e fiscalização por parte da administração pública. “No local, não há câmeras de vigilância para o acompanhamento diário da operação. Hoje, o que existe é o que a PGA informa. Quem se autofiscaliza na usina é a própria empresa. Os fiscais da Prefeitura recebem apenas os dados repassados pela PGA e não têm capacidade técnica para avaliar se estão corretos ou não, pois não receberam capacitação conforme os próprios fiscais ouvidos nas oitivas da CEI afirmam”, completou.

 Vídeo revela situação atual da Usina Termoelétrica a Biogás para Reciclagem de Resíduos Orgânicos: 

VÍDEO
Vereadores e ex-secretária de Meio Ambiente vistoriaram a usina | Autor: Divulgação.
  
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