Estudo coloca PG entre as piores cidades para ser mulher no Brasil

Um estudo inédito produzido pela consultoria socioambiental Tewá 225 coloca Ponta Grossa entre as 10 piores cidades para ser mulher no Brasil. O município que lidera o ranking também fica no Paraná: se trata de Paranaguá, no Litoral. 

O levantamento analisou 319 cidades com mais de 100 mil habitantes para medir desigualdades de gênero a partir de diferentes indicadores, como taxa de feminicídio, desigualdade salarial por sexo, a representatividade feminina nas câmaras de vereadores e a taxa de mulheres jovens (entre 15 e 24 anos) que não estudam nem trabalham.

O estudo ainda considera fatores como raça, biomas, economia regional e outras realidades que moldam as oportunidades disponíveis para as mulheres. “Nossa expectativa é que este ranking seja um ponto de partida para ações concretas, impulsionando as gestões a promoverem mudanças reais e a construírem um futuro mais justo e igualitário para todas as mulheres", explica Luciana Sonck, coordenadora executiva da pesquisa. 

Segundo o levantamento, nenhuma das cidades pesquisadas alcançou um índice satisfatório de igualdade de gênero. Em 85%, o índice é classificado como muito baixo. Veja o ranking e a pontuação das 10 piores cidades para ser mulher:
- Paranaguá (PR) - 12,70
- São Pedro da Aldeia (RJ) - 14,98
- Camaçari (BA) - 16,79
- Macaé (RJ) - 18,78
- Parauapebas (PA) - 19,23
- Cabo de Santo Agostinho (PE) - 19,74
- Pindamonhangaba (SP) - 20,19
- Açailândia (MA) - 21,12
- Santana (AP) - 23,05
- Ponta Grossa (PR) - 23,25

Outras cidades do Paraná também foram analisadas pela pesquisa, como Guarapuava, São José dos Pinhais, Campo Largo, Araucária, Foz do Iguaçu, Toledo, Cambé, Cascavel, Fazenda Rio Grande, Almirante Tamandaré, Arapongas, Colombo, Umuarama, Pinhais, Sarandi, Curitiba, Apucarana, Piraquara e Maringá. 

OUTROS RESULTADOS - O levantamento da Tewá 225 aponta que 99% dos municípios analisados registram taxas de feminicídio acima do parâmetro da Organização das Nações Unidas (ONU), que é de três mortes por 100 mil habitantes.

O estudo ainda identificou que 96% das cidades têm menos de 30% de mulheres ocupando cadeiras nas câmaras municipais. Outro dado diz respeito à igualdade salarial: em 68% das localidades as mulheres recebem salários inferiores aos homens.

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Com informações da Assessoria de imprensa