PG não registra atos pedindo anistia para golpistas do 8 de janeiro
Poucas cidades paranaenses registraram movimentação pedindo anistia aos presos pelos atentados contra a democracia
Publicado: 17/03/2025, 20:34

Ponta Grossa não registrou atos pedindo anistia para os presos por conta dos atos golpistas de 8 de janeiro, que atentaram contra a democracia e as instituições da República em 2023. Algumas poucas cidades paranaenses registraram manifestações esvaziadas, no último domingo (16).
O principal ato que pedia a anistia aconteceu na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro e foi organizado pelo pastor Silas Malafaia e liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Cabe lembrar que o projeto da anistia tramita no Congresso Nacional e pode beneficiar o ex-presidente caso seja aprovado, visto que ele é apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como o suposto líder de uma organização que teria tentado dar um golpe de Estado que teria culminado com o 8 de janeiro.
Bolsonaro ainda é acusado por diversos crimes como de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
Diferente de Londrina, Cascavel e Curitiba, que tiveram manifestações vazias e sem apelo, Ponta Grossa sequer registrou movimentação de bolsonaristas pedindo aprovação do PL da anistia.
Vale ressaltar que em 2022, depois de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vencer as eleições nas urnas, ocorreram movimentos antidemocráticos na cidade. Na época, as principais manifestações bolsonaristas aconteceram nos arredores do 13º Batalhão de Infantaria Blindado (13º B.I.B.) e em frente à 5ª Brigada de Cavalaria Blindada (5ª Bda C Bld), localizada na praça que fica a Catedral Sant’Ana.
Uma situação que chamou a atenção de toda a população, inclusive com repercussão nacional, foi a realização de um casamento na Praça Marechal Floriano Peixoto. A cerimônia entre Jesarela Carvalho e Rodrigo Tramontim teve a presença dos manifestantes e também de familiares do casal.