Relatório aponta que PG teve 11 confrontos policiais em 2024
Balanço identificou mais de 430 confrontos policiais no Paraná ao longo do ano passado; 413 pessoas foram mortas
Publicado: 22/01/2025, 16:54
O Ministério Público do Paraná (MPPR) apresentou nesta quarta-feira (22) o balanço dos dados de civis mortos e feridos em confrontos com forças estatais de segurança registrado no estado em 2024: foram 433 confrontos, nos quais houve 413 vítimas fatais e 109 feridos. Em 2023, foram registradas 348 mortes.
O levantamento foi elaborado de forma conjunta no MPPR pelo Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Segundo o relatório, Ponta Grossa teve 11 confrontos policiais no ano passado. O documento ainda menciona outras cidades dos Campos Gerais, como Castro (5), União da Vitória (3), Telêmaco Borba (3), Tibagi (2), Reserva (2), Jaguariaíva (2) e Arapoti (2). Sengés, São Mateus do Sul, São João do Triunfo, Prudentópolis, Piraí do Sul, Imbituva, Curiúva, Carambeí e Cândido de Abreu também foram listadas com um confronto cada.
Além de apresentar o número total de confrontos e a relação de vítimas (fatais e feridas), o novo balanço inclui informações sobre a instituição e a unidade envolvidas, o horário em que houve o registro e o tipo de ocorrência, se o servidor estava ou não em serviço e um perfil básico das vítimas, incluindo dados sobre estar armada ou não.
DADOS - Conforme o levantamento, a maioria das vítimas mortas são homens, possuem entre 30 e 34 anos e são pardas. Ao olhar para o total de feridos, a maioria também é homem, tem entre 18 e 29 anos e é branca.
O documento ainda revela que a maioria dos confrontos registrados no Paraná envolveu policiais militares (424). A participação da Polícia Civil foi registrada em apenas cinco ocorrências e a de guardas municipais em quatro.
Mais da metade das situações considerada pelo relatório aconteceram no período noturno, entre 18h e 06h - o principal tipo de ocorrência antecedente ao confronto envolve perseguição.
Segundo o coordenador do Gaesp, Ricardo Casseb Los, o objetivo do acompanhamento não é investigar os casos, mas sim fazer sugestões e recomendações às corporações. "Já tratamos disso com as forças policiais e reforçamos que estamos dispostos em trabalhar em parceria. Do lado de lá, recebemos idêntica resposta", explica o procurador.
PREVENÇÃO - A nova abordagem do MPPR para o tratamento da letalidade em confrontos policiais destaca os aspectos preventivo e repressivo. O primeiro será responsável pela análise, compilação, tratamento e qualificação das informações. Na parte repressiva, para a apuração e denúncia de casos concretos, a ação fica sob responsabilidade das Promotorias de Justiça com atribuições para o acompanhamento das investigações em suas localidades e do Gaeco, quando atendidos os critérios de atuação da unidade especializada.
Clique aqui para conferir o levantamento completo.
Com informações da Assessoria de imprensa.