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Cartórios apontam que PG tem média de 91 órfãos por ano

Em 2021, pandemia da Covid-19 foi responsável por quase um terço da orfandade em território ponta-grossense e, até este ano, pode ter deixado até 48 crianças e adolescentes sem um dos pais

O levantamento abrange o período de 2021 a 2024
O levantamento abrange o período de 2021 a 2024 -

Publicado por Kadu Mendes

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Levantamento inédito realizado pelos Cartórios de Registro Civil do Paraná aponta que 91 crianças e adolescentes de até 17 anos ficam órfãos de pelo menos um de seus pais por ano em Ponta Grossa. Os dados, pela primeira vez consolidados a nível estadual, mostram ainda que, em 2021, a Covid-19 foi responsável por quase um terço da orfandade no município, correspondendo a 34 crianças que perderam seus pais por conta da doença em um total de 80 órfãos.

O levantamento abrange o período de 2021 a 2024, quando foi possível realizar o cruzamento dos dados dos CPFs dos pais existentes nos registros de óbitos com o registro de nascimento de seus filhos, possibilitando averiguar com exatidão o número de órfãos no país ano a ano. Até a metade de 2019 não havia a obrigatoriedade de inclusão do CPF dos pais no registro de nascimento, inviabilizando uma correlação exata entre ambos os registros, número que ficou consolidado a partir de 2021.

"Os mais de 2,5 mil órfãos registrados no Paraná, são um retrato impactante das consequências sociais que enfrentamos nos últimos anos, especialmente durante a pandemia da Covid-19. A orfandade registrada nos Cartórios do Paraná reforça a importância de termos dados precisos para compreender a dimensão do problema e planejar políticas públicas que ofereçam suporte a essas crianças e adolescentes”, afirma o presidente da Arpen/PR, Cesar Augusto Machado de Mello. “Como registradores, nosso papel vai além da documentação: buscamos contribuir para uma sociedade mais informada e preparada para enfrentar desafios como esses", completa.

Segundo os dados consolidados pela Arpen-Paraná via ON-RCPN, além dos 80 órfãos contabilizados em 2021, o ano seguinte registrou 71 crianças que perderam ao menos um dos pais, enquanto 2023 registrou um aumento para 95 órfãos e, até outubro de 2024, o número já totaliza 119, o que já supera o recorde do ano passado neste período

FENÔMENO DA COVID - Os dados consolidados do levantamento dos Cartórios de Registro Civil apontam que a Covid-19 deixou, desde 2019, 37 crianças órfãos de pelo menos um de seus pais em Ponta Grossa. Se forem consideradas doenças correlacionadas ao coronavírus no período, como Insuficiência Respiratória – 11, o número pode chegar a ao menos 48 crianças órfãos por causa de doenças relacionadas à Covid desde 2019.

Ainda segundo o estudo, ao menos duas crianças perderam os dois pais em razão da doença causada pelo novo coronavírus. O levantamento ainda aponta reflexo no aumento do número de órfãos em razão do falecimento de seus pais em doenças como Infarto, AVC, Sepse e Pneumonia, que estiveram relacionadas com a pandemia nos últimos anos.

A ARPEN - Fundada em junho de 1995, a Associação do Registro Civil das Pessoas Naturais do Estado do Paraná (Arpen/PR) representa a classe dos Oficiais de Registro Civil de todo o estado, que atendem a população em todos os estados brasileiros, realizando os principais atos da vida civil de uma pessoa: o registro de nascimento, o casamento e o óbito.

Das assessorias

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