Polícia Civil investiga caso de injúria contra umbandista em PG | aRede
PUBLICIDADE

Polícia Civil investiga caso de injúria contra umbandista em PG

Situação aconteceu após uma celebração de Cosme e Damião; acusado chamou os religiosos de “bando de macumbeiro do inferno” e jogou uma banana nos pés de uma mãe de santo, que é uma mulher preta

Vizinho avançou com o carro em direção a uma umbandista
Vizinho avançou com o carro em direção a uma umbandista -

Matheus Gaston

@Siga-me
Google Notícias facebook twitter twitter telegram whatsapp email

A Polícia Civil do Paraná investiga um caso de intolerância religiosa, injúria e racismo cometidos contra uma umbandista na última segunda-feira (30), na Vila Santa Mônica, em Ponta Grossa. Os ataques foram praticados por um vizinho do terreiro de umbanda - o homem já tem processos anteriores pela mesma prática.

A situação de preconceito religioso foi registrada após uma celebração de Cosme e Damião. Imagens de uma câmera de segurança (veja abaixo) mostram o momento em que o morador avança com o carro em direção a uma das frequentadoras do terreiro. Após a tentativa de atropelamento, os religiosos foram tirar satisfações com o homem.  

VÍDEO
Momento em que vizinho avança com o carro foi registrado por câmera de segurança | Autor: Reprodução/Câmera de segurança.
  

Um vídeo (veja abaixo) gravado pelos umbandistas mostra o acusado chamando os religiosos de “bando de macumbeiro do inferno”. A mesma gravação mostra o momento em que uma banana é jogada pelo suspeito nos pés da mãe de santo Lucia Mara Ramos, de 51 anos, que é uma mulher preta.

A líder religiosa contou ao Portal aRede que os ataques por parte do vizinho acontecem há mais de 10 anos. Inclusive, o acusado já foi processado anteriormente e tem audiência de instrução marcada para o próximo dia 10 de outubro. “Na hora, fiquei sem entender toda aquela maldade. Faz 10 anos que passamos por essa situação”, conta Lucia. 

VÍDEO
Vizinho chamou os religiosos de "bando de macumbeiro do inferno" | Autor: Reprodução/Câmera de segurança.
  

Os religiosos acionaram a Polícia Militar (PM), que esteve no local e por diversas vezes tentou contato com o suspeito, sem sucesso. Em certo momento, o homem apareceu na janela da residência e pediu que os policiais parassem de bater em sua porta, pois iria entrar em contato com um coronel e deputados e que “iriam ver o que iria acontecer com eles”.

Segundo o delegado Derick Moura Jorge, responsável pela investigação, a vítima já prestou depoimento à Polícia Civil - as testemunhas e o suspeito ainda serão ouvidas pela autoridade. O inquérito deve ser concluído em cerca de 30 dias. 

Participe de nossos

Grupos de Whatsapp
PUBLICIDADE

Conteúdo de marca

Quero divulgar right

PUBLICIDADE