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Prefeitura cobra celeridade de empresa em obra da Estrada de Alagados

Empresa alega que as chuvas e a falta de materiais primários foram fatores dificultadores e por isso houve atraso; obra tem 5% do trecho concluído e prazo para execução termina em outubro

Obras da Estrada de Alagados acontecem de modo lento e aquém do esperado pela Prefeitura de Ponta Grossa
Obras da Estrada de Alagados acontecem de modo lento e aquém do esperado pela Prefeitura de Ponta Grossa -

Kadu Mendes

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As obras da Estrada de Alagados ocorrem lentamente. A Ordem de Serviço nº. 5/2024, assinada entre a 3G Soluções em Obras Ltda., empresa responsável, e a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa (PMPG), previa que o serviço fosse finalizado em outubro. Contudo, a poucos dias do limite final, apenas 5,35% do trabalho foi concluído. O atraso na realização da pavimentação da via foi destacado pela prefeita de Ponta Grossa, Elizabeth Schmidt (União), na última terça-feira (24), durante a realização da sabatina do Grupo aRede com a candidata à reeleição. Ela destacou que existe a possibilidade de rescindir o contrato com a empresa que venceu a licitação, caso for necessária uma medida mais drástica.

O contrato para a execução da obra prevê valor superior a R$ 9 milhões. A pavimentação do local se dá através de paver e o trecho a ser pavimentado vai do loteamento San Martin até a Ponte do Rio São Jorge, com 6,50 km de extensão. Elizabeth Schmidt criticou a lentidão da empresa para realizar a obra. “Ela [a empresa] venceu a licitação, deu um precinho baixo e agora não está conseguindo cumprir”, ressaltou durante a sabatina do Grupo aRede. A prefeita ainda disse que, caso a Administração continue observando essa demora por parte da empresa, o contrato de licitação pode ser rescindido. “Por enquanto estou levando ‘numa’ boa, mas daqui a pouco vai ‘entornar o caldo’. Aí eu vou ter que rescindir o contrato, inabilitar essa empresa e abrir uma nova licitação”, finalizou.

A empresa que venceu a licitação e ficou como responsável pela realização da pavimentação da Estrada de Alagados é a 3G Soluções em Obras Ltda., que tem sede em União da Vitória. A reportagem entrou em contato com um dos sócios da empresa, Clodoaldo Goetz, o qual disse que no começo da obra houve um problema para conseguir o material necessário para realizar o trabalho, sobretudo o paver, e esse teria sido um dos fatores que causaram o atraso. “O pessoal não estava conseguindo nos atender devido à quantidade de material”, disse. Clodoaldo também afirma que questões climáticas interferiram. “Às vezes chove e a gente tem que esperar dois ou três dias para fazer a movimentação da terra, compactação por causa da chuva, não se consegue trabalhar”, explicou. Ele ressalta que a empresa continua os trabalhos na obra e que pedirá um aditivo de prazo para o município, para a conclusão do serviço. Clodoaldo reforçou que a Prefeitura de Ponta Grossa não tem culpa do atraso no serviço. “A Prefeitura vem pagando certo, até porque é uma obra com convênio do Governo do Estado. Os motivos [pelo atraso] foram essas questões do tempo e do material, tanto é que a gente está pegando material um pouco em Ponta Grossa e um pouco de paver em São José dos Pinhas, porque o pessoal não está vencendo entregar para gente”, disse.

Em ofício encaminhado para a Prefeitura de Ponta Grossa, a 3G Soluções em Obras ressalta que a principal dificuldade encontrada foi o índice de precipitação que acabou atrasando os serviços de terraplenagem, nos quais não se conseguiu trabalhar pela questão da umidade do solo. A empresa ainda alega que dos 115 dias úteis, possíveis para trabalhar, teve 48 dias que foram impraticáveis, o que representa 41,73% do tempo. “Para a boa conclusão dos serviços executados, a empresa em dias chuvosos, ou posteriores há dias chuvosos, não faz serviços dos quais a execução possa apresentar problemas”, escreve a empresa no ofício.

O Portal aRede também conversou com o secretário de Infraestrutura e Planejamento de Ponta Grossa, Luiz Henrique Honesko, visto que é a pasta da Infraestrutura que fiscaliza a obra. O secretário disse que a empresa responsável não está cumprindo o contrato. “Vamos agir com rigor. Já há um processo de imposição de penalidade em andamento. Toda e qualquer empresa que aja dessa maneira será inabilitada de participar das licitações, pois está prejudicando a cidade de Ponta Grossa", ponderou.

Questionado sobre a questão das chuvas que poderiam ter atrapalhado as obras, Honesko foi enfático em dizer que as outras obras vistoriadas pela secretaria de Infraestrutura não atrasaram tanto quanto esta. “Temos como comparar os outros contratos que temos como este, o quanto que os outros atrasaram por conta das chuvas nenhum chega nem perto deste. Nem se a Prefeitura fosse conceder aditivo de prazo para eles terminarem a obra seria o suficiente”, disse.

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