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PG registra mais de 4 mil denúncias de violência contra a mulher

Número diz respeito ao primeiro semestre e representa mais da metade das denúncias feitas em todo o ano passado

Denúncia é fundamental para romper ciclo de violência, aponta delegada
Denúncia é fundamental para romper ciclo de violência, aponta delegada -

Matheus Gastaldon

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Dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) mostram que Ponta Grossa registrou 4.390 denúncias de violência contra a mulher de janeiro a junho de 2024. O valor representa mais da metade (53%) dos boletins de ocorrência pelo crime feitos ao longo de todo o ano passado.

Quando se trata de violência contra a mulher dentro de casa, as autoridades policiais receberam 1.546 denúncias no primeiro semestre deste ano. Houve um aumento de 17% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 1.312 boletins. 

Uvaranas é o bairro com mais registros em ambos os casos. Em seguida, aparecem Centro, Contorno, Neves e Cará Cará. Em todo o Paraná, já são mais de 120 mil denúncias.

CASO RECENTE - No dia 29 de julho, uma mulher de 36 anos foi agredida pelo namorado dentro da própria residência, no bairro Olarias. A vítima conversou com o Portal aRede a respeito do caso. Para preservar a identidade dela, a reportagem irá identificá-la como Julia, nome fictício.

A mulher relatou à Polícia Militar que o homem lhe deu tapas, apertões e socos, além de puxões de cabelo - as agressões causaram hematomas no braço e inchaço no rosto. De acordo com Julia, a violência teria sido motivada por ciúmes. O autor das agressões e a vítima foram levados para a 13ª Subdivisão Policial para os procedimentos cabíveis. 

Envolvidos foram levados para a 13ª Subdivisão Policial
Envolvidos foram levados para a 13ª Subdivisão Policial |  Foto: Arquivo/aRede.
  

Após audiência de custódia, o homem teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva - ele segue preso desde então. Segundo a decisão, os fatos relatados pela vítima e confirmado por testemunhas “trazem indícios de prática criminosa e indicam existência de risco à sua integridade física e/ou psicológica”.

Ainda conforme o documento, o acusado já responde a um inquérito policial por suposta lesão corporal e ameaça cometidas contra outra mulher e a filha dela, em maio deste ano. Na época, ele chegou a ser preso, mas pagou fiança no valor de R$ 4 mil e foi solto

Medidas protetivas de urgência foram aplicadas pela Justiça para proteger as mulheres envolvidas em ambos os casos. O recurso obriga afastamento da residência e proibição de aproximação da vítima, pelo limite mínimo de 200m de distância, além do impedimento de contato por qualquer meio com a agredida

DENÚNCIA - De acordo com a delegada Cláudia Krüger, responsável pela Delegacia da Mulher de Ponta Grossa, diferentes causas podem estar associadas à violência desse tipo - uma delas é a questão cultural. “Ainda há uma mentalidade machista e sexista na sociedade, que prega a superioridade do sexo masculino”, explica. 

Cláudia Krüger, delegada da Delegacia da Mulher de Ponta Grossa
Cláudia Krüger, delegada da Delegacia da Mulher de Ponta Grossa |  Foto: Arquivo/aRede.
  

Krüger destaca a importância de denunciar agressões contra às mulheres, passo fundamental para romper o ciclo de violência. “Ponta Grossa possui uma rede de apoio, onde órgãos governamentais e não governamentais oferecem atendimento jurídico, psicológico, entre outros. Também há a possibilidade de abrigar a vítima, se for o caso”, pontua.

COMO DENUNCIAR - Para denunciar casos de violência contra a mulher, a população pode utilizar os números 197 da Polícia Civil, 181 do Disque-Denúncia, e o Ligue 180, serviço da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos do Ministério dos Direitos Humanos (MDH)

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