Dom Sergio conduz sua última reunião do Condae | aRede
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Dom Sergio conduz sua última reunião do Condae

O próximo encontro será em novembro, já com o novo bispo

Dom Sergio na condução da reunião
Dom Sergio na condução da reunião -

Publicado por Luciana Brick

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O bispo Dom Sergio Arthur Braschi conduziu sua última reunião do Conselho Diocesano da Ação Evangelizadora (Condae), na manhã de sábado (15), no Espaço Cultural Sant’Ana. No encontro, que reuniu integrantes e coordenadores de pastorais, movimentos, associações e organismos católicos, Dom Sergio insistiu quanto à sinodalidade - o ‘caminhar juntos’ – abordando também a sucessão apostólica, a colegialidade dos bispos, a ação do Espírito Santo que, segundo ele, confere à Igreja a unidade na diversidade, e o Concílio Vaticano II. A próxima reunião do Condae está marcada para 9 de novembro, data em que o bispo da Diocese já será Dom Bruno Eliseu Versari.

Segundo Dom Sergio, o Espírito Santo inspira a diversidade dos tantos serviços e espiritualidades, que Deus nos deu, e com a qual é construída a unidade. “A unidade na diversidade. Porque o Espírito Santo é fonte da diversidade, que continuamente derrama na Igreja novos carismas, novas motivações. É maravilhoso. É o eterno jovem. Não quer continuidade nem mesmices. É a alma da Igreja, a fonte da unidade”, comentou o bispo.

Ao falar do Concílio Vaticano II, o bispo afirmou que se não tivesse havido o Concílio a Igreja teria parado no tempo. Ele foi convocado pelo Papa João XXIII, um historiador. “Com a convocação, foi automaticamente encerrado o Concílio Vaticano I, que não havia sido oficialmente terminado devido a guerra. O Concílio Vaticano II foi pastoral, mais amplo, com decretos e constituições. O Papa João Paulo II convocou um sínodo extraordinário para ver como foi a recepção do Concílio Vaticano II, como estava chegando nas bases”, lembrou, citando que o Vaticano I ocorreu em 1870 e foi abruptamente interrompido devido a tomada de Roma capitaneada por Giuseppe Garibaldi, que, inclusive, prendeu o Papa Pio IX.

Dom Sergio argumentou que a Diocese se insere nos 100 anos nesse tempo tão bonito. “Tempo de um sínodo sobre a sinodalidade, a importância da participação de todos os batizados e batizadas. Estava lendo a conclusão da síntese do relatório sobre o sínodo onde se procura aproveitar toda a riqueza da primeira sessão de outubro passado e para prosseguir o caminho ali fala das três instâncias que vivemos na Igreja: sinodalidade, comunhão na diversidade de todos os batizados; a colegialidade episcopal, os bispos todos em pé de igualdade, e, o primado, o sucessor de Pedro, o que é o princípio da unidade da Igreja, dos bispos e dos fiéis. A pedra, o rochedo, ‘sobre essa pedra edificarei a minha Igreja’, ‘quem vos ouve, me ouve’, ‘tudo que ligardes na terra, será ligado no céu’ já disse Jesus nas Sagradas Escrituras. Quem não se expressa em comunhão com o Papa está fora da Igreja”, defendeu o bispo.

Neste momento, Dom Sergio aproveitou para contar que o bispo nomeado para a Diocese, Dom Bruno Eliseu Versari, esteve em Ponta Grossa, na última sexta-feira, conhecendo a Cúria Diocesana, a Rádio Sant’Ana, passou pela Catedral, a casa episcopal, se encontrou com alguns padres, entre eles o vigário geral, padre Jaime Rossa, o coordenador diocesano da Ação Evangelizadora, padre Joel Nalepa, e o ecônomo, padre Mário Dwulatka. O bispo nomeado está em Brasília essa semana, onde participa de reuniões da Comissão Episcopal para a Vida e a Família, uma das 12 comissões da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), da qual é presidente. A Comissão engloba a Pastoral Familiar e a Pastoral da Criança.

Esclarecimentos

Padre Joel Nalepa ressaltou a importância de os participantes entenderem a função no conselho, afirmando que cada um faz parte de um organismo de comunhão. “Nos reunimos assim como o clero se reúne porque todos somos responsáveis, com o bispo, pela evangelização. Nos movimentos fazemos acontecer a caminhada da comunhão. É preciso fazer chegar o que é discutido aqui no grupo que coordena. Vocês têm a responsabilidade de levar. Aqui se diz como a Igreja diocesana precisa caminhar”, orientou.

Ainda no espírito didático, o coordenador da Ação Evangelizadora, explicou que quem acompanha a Diocese, neste momento, ainda é Dom Sergio. Dom Bruno é o bispo eleito e Dom Sergio segue como administrador apostólico, a pedido do Papa, até a posse. É o responsável. “O Papa nomeou o bispo, que aceitou. Dom Sergio recebeu o pedido do Papa de permanecer como administrador apostólico para que os serviços tenham continuidade e se evite atropelos. Dom Sergio mandou carta apresentando a renúncia, por idade, que não havia sido aceita imediatamente. O Papa acolheu a carta, mas pediu que permanecesse à frente da Diocese. Seis meses se passaram até o Papa oficialmente aceitar a renúncia”, detalhou padre Joel. Dom Sergio complementou citando que a posse será oficializada via Bula ou decreto (se o documento papal não chegar a tempo) e que o Dom Bruno irá receber o báculo diante de testemunhas, assinando oficialmente como empossado e novo responsável”, destacou. Dom Sergio fica emérito a partir da posse, dia 10 de agosto.

Padre Joel pediu para que todos participem da posse do novo bispo, convidando ainda para o dia 3 de agosto, às 15 horas, na Catedral Sant’Ana - uma semana antes – da missa em ação de graças pelo pastoreio de Dom Sergio. “Tragam o máximo de lideranças das paróquias. Não é uma despedida porque Dom Sergio seguirá emérito, mas uma ação de graças. Como são datas que não estão previstas no calendário diocesano, é preciso motivar a todos para participarem”, sugeriu.

Pauta

Padre Joel informou sobre a 44ª Assembleia do Povo de Deus, promovida pelo Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Sul 2), marcada para os dias 20, 21 e 22 de setembro, em Pitanga, Diocese de Guarapuava. Conforme o padre coordenador, a assembleia será provincial e realizada simultaneamente, no mesmo dia. Ponta Grossa integra a Província de Curitiba ao lado das dioceses de São José dos Pinhais, Paranaguá, União da Vitória, Guarapuava e Arquidiocese de Curitiba. Ao todo, são quatro províncias no Paraná. O tema será ‘Espiritualidade de Comunhão a partir do Concílio Vaticano II’. Estão convocados a participar os coordenadores e assessores das pastorais, movimentos e organismos, além de representantes do núcleo da Conferência dos Religiosos do Brasil e de novas comunidades.

“Podemos escolher mais dois leigos. Minha sugestão é que um casal da Pastoral Familiar também possa ir, em especial pela ligação do novo bispo com essa instância. O ideal é que quem for participe durante toda a assembleia. Precisaremos fazer, juntos, uma avaliação da caminhada da Diocese para ser apresentada na noite do primeiro dia. E já, no ato da inscrição, as pessoas inscritas terão que responder duas questões: o que esperam da Assembleia? E, para que a igreja seja mais casa e escola de comunhão, o que precisamos fazer? As inscrições têm de ser feitas até o dia 30 de junho.

O coordenador do Serviço Vocacional, padre Martinho Hartmann, informou sobre a proposta do Regional Sul 2 para o mês de agosto, mês vocacional. A ideia é que seja realizada uma jornada de oração pelas vocações. “Ela consiste em rezar o terço na intenção das vocações. Cada paróquia assumiria, durante os 31 dias do mês todo, a reza do terço, envolvendo todas as comunidades, movimentos...Um dia, uma capela reza, outro dia, outra capela...E a divisão pode ser feita entre as pastorais para que nenhum dia se fique sem rezar. Para ajudar na dinâmica, o Regional enviou um subsídio que vou disponibilizar na reunião geral do clero e também, via link, para ser baixado. A Diocese tem uma ação permanente pelas vocações e já percorreu um bonito caminho vocacional”, frisou padre Martinho.

Também foi informado a respeito do Jubileu 2025 e o seu caminho de preparação. Foi publicada uma Bula com 25 pontos importantes para a compreensão e motivação, para que se possa viver o Jubileu como tempo de graça e de esperança. O Papa convida para que seja ano de renovação da fé e da esperança. “Os bispos do Paraná fizeram algumas proposições para ajudar a refletir a celebração, incentivar e ajudar as pessoas a viverem o tempo de graça e misericórdia que o Jubileu merece. Entre essas sugestões está a de ser presença de esperança que anima junto às lideranças cansadas e sobrecarregadas, especialmente por meio da escuta. Ninguém assim faz um bom trabalho pastoral se não estiver bem e podemos ajudar com a escuta. Ainda anunciar a riqueza da família, da vida e do voluntariado. Essencial destacar o sentido da pertença. Somos chamados a servir, como um compromisso de fé, um mistério a ser vivido. Jesus não nos chamou para sermos voluntários, mas para ser discípulos. Também fomentar o sentimento de pertença na Igreja. Somos corresponsáveis pela missão de evangelizar. E, realizar peregrinações regionais e diocesanas, aproveitando experiências já realizadas. O nosso povo sempre faz peregrinações, mas devemos ajudar a quem organiza para que seja realmente uma peregrinação, sob a ótica de uma caminhada de Igreja, mais do que um passeio, uma excursão”, enumerou padre Joel. A abertura oficial do Jubileu 2025 acontecerá dia 24 de dezembro, em Roma, no Vaticano.

Por fim, o Roberto Migliorini Barbosa, do Conselho do Laicato Nacional e representante da Iniciativa das Religiões Unidas (URI) falou a respeito da II Mostra Cultural das Religiões Fé e Devoção, marcada para entre os dias 22 a 27 de julho, no Cine Teatro Ópera, em Ponta Grossa. Na programação, conversa sobre a paz e a não violência, no dia 22, além de reflexões e apresentações de teatro e dança. “Teremos aqui 14 grupos de religiões e a coordenação da URI. Queremos trazer esse diálogo, chamar para a reflexão sobre bombas nucleares e o risco de seu uso devido às guerras. Estamos, inclusive, com uma marcha mundial acontecendo e que vai passar pelos países em guerra. Precisamos pregar a paz. A violência é um caso sério também no Brasil. E evangelizar é pedir a paz”, argumentou.     

No fim da reunião, Dom Sergio rezou, ao lado de padre Joel, a oração de centenário da Diocese.

 “Ó Deus, Trindade Santa, Pai, Filho e Espírito de amor, há cem anos consolidastes vossa Igreja aqui nos Campos Gerais pela diocese de Ponta Grossa. De um povo de tropeiros, migrantes e aventureiros, constituístes uma família de irmãos, com mais Vida e Comunhão.

Somos hoje peregrinos de esperança, e abertos à missão.

Por isso, vos suplicamos: continuai a derramar vossa vida em nosso chão! Para que, nos anos ainda por vir, prossigamos transmitindo o grande tesouro da fé, pelo amor à Palavra de Deus, pelo dom da Eucaristia, e a certeza da proteção da Senhora Sant'Ana e da sempre Virgem Maria, a Mãe da Divina Graça. Amém!

(Dom Sergio Arthur Braschi)

Das Assessorias

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