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Imóveis à venda em PG registram valorização de 50%

Incremento foi observado no período de aproximadamente cinco anos, com valores impulsionados durante a pandemia. Perspectiva é de nova grande valorização nos próximos anos

Imóveis passaram por grande valorização nos últimos anos
Imóveis passaram por grande valorização nos últimos anos -

Fernando Rogala

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O mercado imobiliário de Ponta Grossa teve um ‘boom’ de valorização nos últimos anos. Desde 2018, estima-se um acréscimo médio de aproximadamente 50% no valor dos imóveis à venda no município, percentual impulsionado especialmente entre 2020 e 2021, com a pandemia do novo coronavírus. Agora, com o lançamento da nova fase do Programa Habitacional Minha Casa, Minha Vida, que ocorreu em meados deste ano, a perspectiva é de que uma nova escalada nos preços se inicie.

A valorização observada em Ponta Grossa ocorreu em todos os setores de imóveis, seja em residências ou apartamentos, de diferentes faixas de valores – alguns com mais; outros com menos, mas próximo à média. Carlos Ribas Tavarnaro, vice-presidente do Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi PR) e diretor da Tavarnaro Consultoria Imobiliária, explica que no momento não há os dados atualizados de uma pesquisa oficial do Secovi, mas que pela experiência de mercado, observa essa média desde 2018. “Cinco anos para trás, tínhamos um mercado estável. Com a pandemia, os preços inflacionaram por dois fatores: o primeiro foi o aumento do custo direto das construções, e o segundo foi o aumento da demanda por imóveis maiores, com mais área de lazer. Então, nos últimos cinco anos, dá para afirmar, com alguma segurança, que preço aumentou cerca de 50%”, disse, explicando que entre 2020 e 2022, a média de aumento chegou a 15% por ano.

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  • Imóveis de alto padrão tiveram alta valorização
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  • Imóveis estão ganhando mais requinte e agregando valor
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  • Ponta Grossa passa por uma expansão imobiliária nos últimos anos
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O tipo de imóvel que teve mais valorização, explica ele, foram os imóveis de condomínios, e também apartamentos de alto padrão, com edifícios que oferecem ampla área de lazer. “Justamente pela pandemia, as pessoas precisaram ficar mais tempo em casa, fazendo ‘home office’, então passaram a procurar lugares maiores”, disse, lembrando que mesmo empreendimentos econômicos, mas com área de lazer, valorizaram, “Um exemplo são os produtos da Prestes Construtora, que valorizaram bastante. Os prédios mais enxutos tiveram um crescimento mais retraído, valorizando numa velocidade menor”, completa, acreditando que a relação oferta/procura está equilibrada.

Na Construtora Miquelão, especializada em construir edifícios de alto padrão em Ponta Grossa, o diretor comercial, Fabio Miquelão, reconhece esse ‘boom’ nos últimos anos. Do período pré-pandemia até o momento, a valorização foi observada em seus projetos, em média de 35%, falando de aumentos reais, sem considerar inflação acumulada. “O período de maior aumento foi o biênio 2020/2021, até o meio de 2022, quando começou a acomodar”, antecipa. Hoje, por exemplo, a construtora está vendendo o Terrazza Riserva, que será entregue no final deste mês, a um preço médio de R$ 5,5 mil a R$ 6 mil o metro quadrado geral.

Entretanto, além dos dois fatores mencionados por Tavarnaro, referentes à pandemia (alta de insumos e alta na demanda por imóveis), Miquelão acrescenta um ponto local nessa valorização. “Ponta Grossa tinha o preço defasado em relação a outras cidades. E o que acompanhou foi o aumento da estrutura dos prédios, com espaço de lazer, estilo arquitetônico único e padrão de acabamento. Agora, os valores estão se aproximando de Londrina e Maringá, por exemplo”, pontua.

Nova valorização é prevista

A partir deste ano, a perspectiva é de que os imóveis, de modo geral, passem por uma tendência de alta no valor, com o lançamento do Programa Minha Casa, Minha Vida. A começar pelas novas obras ou as já iniciadas. “Ao turbinar o programa, o governo vai gerar uma demanda forte na construção, em todos os insumos e na mão de obra. Isso faz com que tudo suba e reflita em todos os setores. Quando o incentivo criar corpo, vai trazer uma nova valorização”, diz Miquelão. “O Programa vai impactar diretamente nos imóveis menores. Mas, em contrapartida, o setor mais penalizado pela situação econômica atual é o de médio padrão, que ainda está sofrendo pelo juro elevado”, conclui Tavarnaro.

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