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PG registra maior volume de chuvas em 18 anos no mês de outubro

Dados divulgados pelo Simepar mostram volume histórico de chuvas na cidade; em União da Vitória, por exemplo, foram 619,8 mm

Durante o mês de outubro, foram registrados 314,4 mm de chuvas
Durante o mês de outubro, foram registrados 314,4 mm de chuvas -

Rodolpho Bowens

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As fortes chuvas que atingiram Ponta Grossa e o Estado do Paraná no mês de outubro foram históricas. Seja no volume, como também nos estragos registrados em diversos municípios. Na cidade ponta-grossense, por exemplo, foram registrados 314,4 mm de chuvas, o maior valor para o mesmo período em 18 anos – em 2005, o mesmo mês teve 267,6 mm.

Segundo informações do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), a média histórica para o mês de outubro, em Ponta Grossa, é de 172,4 mm. Ou seja, houve uma ‘anomalia’ de 142 mm de chuvas para o período. Com isso, vários estragos e problemas foram registrados no município, seja com alagamentos, desmoronamentos, destelhamentos, entre outros.

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  • Dados do Sistema de Tecnologia mostra o acumulado de chuvas em outubro.
    Dados do Sistema de Tecnologia mostra o acumulado de chuvas em outubro.
  • Confira as cidades mais afetadas pelas chuvas em outubro.
    Confira as cidades mais afetadas pelas chuvas em outubro.
 

Além de Ponta Grossa, outras cidades dos Campos Gerais também tiveram uma grande quantidade de chuvas. Em União da Vitória, por exemplo, foram registradas chuvas de 619,8 mm, segundo maior valor do Estado do Paraná. Já em Jaguariaíva, o Simepar marcou 399,8 mm; em Porto Amazonas, 590,2 mm; em Fernandes Pinheiro, 525 mm; e em Cândido de Abreu, 457,8 mm.

De acordo com o Simepar, “a chuva neste mês pode ser considerada histórica, tanto pelo volume de chuva observado como pela área atingida por esse volume excessivo”. Em várias cidades do Estado foram registradas ‘anomalias’ superiores a 150% - em Curitiba, por exemplo, esse valor chegou a ser 241% acima da médica histórica.

Estação da UEPG traz número superior

O Portal aRede conversou com Karin Hornes, doutora em Geografia e professora na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), sobre as fortes chuvas que atingiram a cidade. Segundo ela, a estação da universidade registrou, de 4 a 31 de outubro, 486,4 mm de chuvas. A diferença se deve por a estação estar no perímetro urbano, “então trará dados mais precisos para a cidade”.

Pesquisa da UEPG mostra o histórico das chuvas em Ponta Grossa
Pesquisa da UEPG mostra o histórico das chuvas em Ponta Grossa |  Foto: Divulgação.
 

Apesar de o clima ter ‘aberto’ nesta quarta-feira (1º), a docente reforça a atenção. “Provavelmente, logo os sistemas convectivos que estão na Bolívia, Paraguai e Mato Grosso do Sul chegarão ao Paraná”. Portanto, “a questão fundamental é como podemos sobreviver a este tipo de evento”, indaga Hornes, lembrando que essas chuvas intensas acontecem em ciclos.

Sistema meteorológico

O clima chuvoso de outubro foi ocasionado pela atuação de sistemas meteorológicos típicos do mês, como a passagem de sistemas frontais pelo Sul do Brasil, a formação de sistemas convectivos de mesoescala (tempestades isoladas e/ou agrupadas em aglomerados de nuvens convectivas, além de linhas de instabilidade).

O que reforçou esses fenômenos e potencializou a formação dessa chuva histórica no Estado foi a presença mais permanente que o habitual do jato de baixos níveis. Este jato, orientado de noroeste para sudeste próximo ao Paraná que transporta ar mais quente e úmido da região Amazônica para o Sul do Brasil, esteve presente com maior frequência que o normal ao longo do mês.

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