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Cooperativas apostam na Maltaria de PG para expandir mercado

Com investimentos de cerca de R$ 3 bilhões, a planta deve começar a operar no início de 2024, com capacidade de processamento de 240 mil toneladas de malte

A projeção é de que a produção do Paraná atinja 387,8 mil toneladas
A projeção é de que a produção do Paraná atinja 387,8 mil toneladas -

Da Redação

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Neste ano, as lavouras de cevada ocuparam 84,9 mil hectares no Estado, aumento de 83% em relação à área destinada em 2013. A projeção é de que a produção do Paraná atinja 387,8 mil toneladas. A produtividade também tem aumentado ano a ano, saltando de 4,1 para 4,5 toneladas por hectare nos últimos 10 anos – com base, principalmente, em melhoramento genético e em boas práticas produtivas.

"A produção de cevada tende a se concentrar em torno do polo cervejeiro. Temos visto investimento das cooperativas Castrolanda e Agrária, tanto em pesquisa quanto na parte de processamento e no fomento aos produtores. Com isso, a cevada tem se tornado atrativa, porque remunera melhor que o trigo, por exemplo, e conta com canal de entrega direto. Além disso, a cevada tem vantagens do ponto de vista do cultivo. Se o clima ajudar, o produto vai ter boa qualidade e o preço vai ser bom”, diz Ana Paula Kowalski, técnica do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema FAEP/SENAR-PR.

A produção paranaense de cevada se concentra nas regiões de Guarapuava e de Ponta Grossa, nos Campos Gerais. Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (Seab), juntas, as regiões representam quase 90% do cultivo deste cereal no Estado. Aliada aos avanços em tecnologia, a atratividade do produto tem animado produtores até de áreas mais quentes, onde décadas atrás seria impensável plantar cevada.

“O Núcleo Regional de Guarapuava responde por 57% da produção. Ponta Grossa, região onde mais [o cultivo] tem se expandido, respondeu por 32%. Mas o Paraná também ganhou área em núcleos que não produziam cevada, como Jacarezinho e Apucarana, que são mais quentes. Ainda são áreas pequenas, em que os produtores já demonstram interesse em investir neste cereal”, aponta o engenheiro agrônomo Carlos Hugo Winckler Godinho, coordenador de conjuntura do Deral.

Expansão à vista

Em grande medida, o cenário favorável à produção de cevada está atrelado à cooperativa Agrária. O grupo tem a maior maltaria da América Latina, com produção de 360 mil toneladas de malte por ano, o que corresponde a um terço da demanda nacional. O carro-chefe da unidade é o malte tipo Pilsen, mas, desde o ano passado, também são processadas variedades especiais, como Pale Ale, Vienna e Munique. Além disso, a maltaria trabalha com a importação e revenda de produtos importados, de países como Alemanha, Bélgica, Estados Unidos e Reino Unido. Somando a produção própria ao malte importado, a cooperativa comercializa 500 mil toneladas por ano.

E o Paraná se prepara para assistir a uma expansão no setor. Aliada a outras cinco cooperativas, a Agrária está implantando uma nova maltaria nos Campos Gerais. Com investimentos de cerca de R$ 3 bilhões, a planta deve começar a operar no início de 2024, com capacidade de processamento de 240 mil toneladas de malte. “Um dos motivos do investimento é justamente a oportunidade de mercado, ou seja, a possibilidade de substituir o malte importado pela produção local”, explica o superintendente de negócios da Agrária, Jeferson Caus.

Hoje, cerca de 80% do malte processado pela Agrária vão para as duas grandes cervejarias nacionais: Ambev e Heineken. Entretanto, a cooperativa está de olho no crescimento da onda das cervejas artesanais – também chamadas de craft beer. Há alguns anos, o grupo tem uma equipe destinada exclusivamente a apoiar as pequenas cervejarias e o mercado artesanal.

É um mercado menor, mas que tem uma gama extraordinária de produtos e a Agrária como seu principal fornecedor. E temos que dar condições para esse mercado crescer. São cervejarias com uma relevância grande para o desenvolvimento da cultura cervejeira. Nossa equipe comercial especializada neste nicho desenvolve estratégias, que vão de importar produtos específicos de que eles precisem, como lúpulo ou algum tipo de fermento, a viabilizar logística. Nós queremos apoiar esse setor para que a expansão seja cada vez maior”, aponta Jeferson Caus, superintendente de negócios da cooperativa Agrária.

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